O Supremo Tribunal dos Estados Unidos disse que vai considerar o restabelecimento da sentença de morte para o bombista da Maratona de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, que matou três pessoas e feriu mais de 260.
Inicialmente condenado à morte, Tsarnaev viu um tribunal de recurso anular a sentença. Agora, os juízes concordaram em ouvir um recurso interposto pelo anterior governo de Donald Trump, que executou 13 presos nos últimos seis meses do seu mandato, incluindo três na última semana como presidente do país.
O caso de Tsarnaev não será ouvido até ao Outono, e não está claro como irá o novo governo abordar a situação. O novo presidente do país, Joe Biden, defendeu o fim da pena de morte federal, mas não disse como pensa levar tal intenção à prática.
Em pouco mais de dois meses no cargo, o novo governo reverteu a posição do seu antecessor em vários casos dos tribunais superiores. Mas o Departamento de Justiça não notificou o tribunal sobre qualquer mudança na sua posição no caso de Tsarnaev.
Mesmo se o tribunal restabelecesse a pena de morte, nada forçaria Biden a marcar uma data de execução.
Os advogados de Tsarnaev reconheceram no início do seu julgamento que ele e o seu irmão mais velho, Tamerlan Tsarnaev, detonaram as duas bombas na meta da maratona, em 15 de Abril de 2013. Mas eles argumentaram que Dzhokhar Tsarnaev foi menos culpado do que o seu irmão, que teria sido o cérebro por detrás do ataque.
Tamerlan Tsarnaev morreu após um tiroteio com a polícia e ter sido atropelado pelo seu irmão, ao volante de um SUV roubado, enquanto fugia. Ele tinha 26 anos. A polícia prendeu Dzhokhar Tsarnaev ferido e ensanguentado, horas depois num subúrbio de Boston, onde ele estava escondido num barco armazenado num quintal.
Tsarnaev, agora com 27 anos, foi condenado por todas as 30 acusações contra ele, incluindo conspiração e uso de uma arma de destruição em massa e a morte de um polícia, durante a tentativa de fuga dos irmãos Tsarnaev. O tribunal de apelações manteve todas as condenações, exceto algumas.