A Unidade de Integridade de Atletismo suspendeu por seis meses o espanhol Camilo Santiago e o hondurenho Iván Zarco. A suspensão entrou em vigor em 9 de fevereiro e termina em 8 de agosto deste ano.
A razão prende-se com o sucedido na Maratona de Dresden disputada em 21 de março de 2021, quando o hondurenho bateu oficialmente o recorde nacional. Ele tinha o dorsal 450 mas acabou por não correr a prova. Quem o fez foi o espanhol Camilo Santiago em 2h17m46s, recorde das Honduras e mínimo nacional para os JO de Tóquio.
No dia seguinte, a troca de dorsal foi descoberta. Zarco desculpou-se dizendo que não correu porque sofria de fascite plantar e Santiago, alegou que a bolsa com o seu dorsal tinha sido roubada e por isso, aproveitou o dorsal do amigo.
A Federação Espanhola de Atletismo sancionou o espanhol com dois anos de suspensão, pena que foi posteriormente revogada pelo Tribunal Administrativo do Desporto (TAD) que julgou procedente a reclamação do atleta. A Federação hondurenha tapou os olhos à fraude e convocou Zarco para os JO de Tóquio, onde foi o último classificado na maratona com 2h44m36s, a 27 minutos do recorde oficial das Honduras, que foi alcançado pelas pernas de Santiago.