John Lees, que treinou atletas que representaram a Grã-Bretanha no escalão sénior, tinha sido suspenso em Fevereiro por cinco anos por abusos sexuais. Ele apelou depois da sentença e agora, um Comité de Apelação independente considerou-o culpado de cinco acusações relacionadas com a sua má conduta para com as atletas.
O Painel concluiu: “Ficámos com a visão de que (Lees) comportava-se habitualmente de maneira inadequada, desrespeitava as regras e, como já observamos, não tinha ideia dos limites.”
“Além disso, estamos muito preocupados com a sua atitude e o seu fracasso contínuo … em assumir qualquer responsabilidade ou aceitar a sua conduta de forma alguma.
“A nossa opinião unânime é que a sua conduta e não aceitação de qualquer necessidade de mudança, torna-o indigno de confiança e impróprio para trabalhar como técnico licenciado pela UKA (Federação britânica) agora ou no futuro.
“Portanto, decidimos que a sanção apropriada é a retirada permanente da sua licença de treinador da UKA.”
A campeã escocesa de corta-mato Mhairi Maclennan foi uma das atletas a testemunhar contra Lees. Ela afirmou: “Para mim, hoje marca o que espero ser o fim de uma longa jornada. Esta experiência testou-me certamente de forma que eu nunca imaginei ser possível. Estou imensamente orgulhosa de todas as atletas que falaram neste caso e estou com todas as atletas, do passado e do presente, do nosso grupo.
“Espero que a nossa história ajude a mudar a narrativa e estabeleça um precedente de que as atletas não sofrerão mais em silêncio.”
Uma das acusações feitas ao treinador dizia respeito a ele massajar uma atleta na residência dela quando ela era menor de 18 anos e fazer comentários inapropriados e sexualizados para atletas no seu grupo de treino.