Mais de 50 anos depois do célebre protesto no pódio dos 200 metros dos Jogos Olímpicos do México 1968, Tommie Smith e John Carlos foram entronizados ontem no “Passeio da Fama” do Comité Olímpico e Paralímpico Norte-Americano.
Os dois sprinters, respetivamente medalha de ouro e bronze, celebraram o facto numa cerimónia no Colorado.
No pódio, Tommie Smith e John Carlos baixaram a cabeça e ergueram o punho numa luva negra, no momento de tocar o hino do seu país, em apoio aos afro-americanos vítimas de racismo e descriminação.
Ambos, foram excluídos da equipa e enviados de imediato para os Estados Unidos, onde receberam diversas ameaças de morte. A mulher de Carlos suicidou-se e o casamento de Smith desfez-se.
Antes desta decisão do Comité Olímpico Norte-Americano, os dois sprinters tinham sido ostracizados pelo movimento olímpico do seu país até à sua visita à Casa Branca em 2016.