Por Lusa
Os Comités Olímpicos Europeus estão “muito seguros” de que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 vão mesmo realizar-se no próximo ano, mas deverá haver ainda restrições de público, disse hoje o presidente da organização.
Niels Nygaard abriu o Conselho Europeu de Ministros do Desporto da União Europeia, que decorreu hoje por videoconferência, e mostrou-se confiante nos “sinais” que confirmam a realização dos Jogos Olímpicos entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021, mas advertiu que não haverá um novo adiamento.
“Muitos progressos estão a ser feitos e neste momento, estamos muito seguros de que será possível realizar os Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo ano. Talvez ainda com algumas restrições, quase de certeza que as haverá em termos de espectadores, mas tenho bastante certeza de que vão avançar”, disse o dinamarquês que preside à associação de Comités Olímpicos da Europa.
Além disso, questionado pelo moderador da reunião organizada pela presidência alemã da União Europeia, o dirigente do organismo sediado em Roma foi perentório ao garantir que não haverá lugar a mais qualquer adiamento.
“Se não forem realizados em 2021, estes Jogos Olímpicos já não vão ser organizados e só voltará a haver Jogos em Paris 2024. Mas estou quase certo de que Tóquio 2020 vai acontecer”, disse o dirigente.
Durante a sua intervenção, Niels Nygaard abordou também as enormes consequências económicas para os Comités Olímpicos europeus, que ascendem a cerca de 1,6 mil milhões de euros e que “terão de ser assumidos pelos diferentes comités a nível local”.
Os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 estavam previstos para decorrer entre 24 de julho e 09 de agosto deste ano, mas foram adiados por um ano, no final de março, devido à pandemia de covid-19, após a pressão de vários comités olímpicos e federações a nível local.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.468.873 mortos resultantes de mais de 63,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 4.577 pessoas dos 300.462 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.