O Tribunal Arbitragem do Desporto (TAS) suspendeu por oito anos o marchador russo Stanislav Emelianov, campeão europeu de 20 km em 2010. O TAS, que lembrou que esta é a segunda sanção do atleta, acusou-o de não cumprir a regra relativa ao consumo ou tentativa de consumo de substâncias proibidas.
A suspensão entrou em vigor a partir deste mês e ficam cancelados todos os resultados obtidos desde Junho de 2015 pelo atleta, integrante da famosa escola de marcha atlética da República da Mordóvia, que caiu em desgraça após a desqualificação do seu criador, o técnico Viktor Cheguin.
O TAS também suspendeu Ekaterina Poistogova, bronze nos JO de Londres nos 800 metros, por um prazo de dois anos que termina em Agosto. A IAAF tinha suspendido Ekaterina em Novembro de 2015, após ter sido mencionada junto a outros atletas nas acusações de doping feitas pelo canal alemão “ARD” e pelo jornal britânico “Sunday Times”.
O TAS irradiou ainda dois treinadores russos de atletismo, Alexei Melnikov e Vladimir Kazarin, numa irradiação apoiada pela federação do país. O TAS acusou Kazarin, treinador de média e longa distância, de posse, tráfico e administração de substâncias proibidas, enquanto Melnikov foi castigado pelo último destes ilícitos.
Antes de deixar o cargo de ministro do Desporto da Rússia, promovido a vice-presidente do país, Vitali Mutkó admitiu que “lamentavelmente, muitos treinadores, e os próprios desportistas, estão convencidos de que sem doping, não se pode ganhar”.
A Rússia anunciou recentemente que duplicará os exames antidoping em 2017, feitos por uma entidade independente externa ao país, após o último relatório McLaren ter calculado em mais de mil, os atletas russos envolvidos no programa de doping do Estado entre 2011 e 2015.
No fim de 2016, a Duma, a câmara de deputados da Rússia, aprovou uma lei que estipula multas monetárias e penas de prisão efetiva contra treinadores, médicos ou funcionários que promovam o doping no desporto.