A ultramaratonista norte-americana Camille Herron foi o grande destaque na primeira prova de seis dias só para mulheres organizada pela Lululemon (empresa de material desportivo).
Camille Herron começou a bater recordes na marca de 48 horas e continuou a acumulá-los até às últimas horas da prova, com a sua contagem final a incluir 12 recordes mundiais. Ela correu 901,76 km, batendo o recorde mundial feminino de 6 dias de 883,631 km que pertencia a Sandra Barwick desde 1990.
A prova, realizada num percurso circular certificado de 4,1 km em La Quinta, Califórnia, fez parte da iniciativa FURTHER da Lululemon, com a marca a dizer que quis “mostrar até onde as mulheres podem ir com apoio e acesso a recursos e inovações de produtos”, normalmente reservado aos homens. Um grupo de dez atletas com objetivos diferentes começou a prova em 6 de março e correu até ao dia 12, num total de 144 horas.
Durante um evento de 6 dias, os corredores podem fazer pausas para comer, dormir ou aceitar ajuda da sua equipa (fora da pista) a qualquer momento, e não são obrigados a correr um período de tempo ou distância definida por dia.
Camille Herron, 42 anos, com formação em ciências do desporto, tem um currículo notável em provas que inclui vitórias na Comrades Marathon e na Spartathalon, uma ultramaratona de 250 quilómetros na Grécia.
Nesta prova organizada pela Lululemon, ela correu 220 voltas ao percurso de 4,1 km, com uma média de 150,3 km por dia. Ainda teve tempo para dormir, comer e dar festas dançantes espontâneas com os seus fãs.
Antes da prova, Camille Herron elogiou no Instagram os objetivos da pesquisa e o apoio de Lululemon. “Estou realmente grata por alguém se importar, valorizar e querer celebrar-nos (mulheres). Espero que o mundo também aprecie a iniciativa, pois ela ajudará a despertar mais interesse no estudo de mulheres atletas ao longo da vida e a aprender mais sobre o que nos torna preparadas para a ultra-resistência.”
A Lululemon propõe-se continuar a sua investigação centrada nas mulheres, com o objetivo de ajudar a colmatar a disparidade de sexo e género na ciência do desporto, com os resultados a serem publicados no outono de 2024.