O espanhol Camilo Santiago correu no passado domingo a Maratona de Dresden com o dorsal do hondurenho Iván Zarco, sendo sétimo com 2h17m46s, logo a seguir ao português Hermano Ferreira. A marca foi registada como um novo recorde nacional das Honduras!
A World Athletics e a Federação de Atletismo das Honduras registaram a marca em nome de Zarco, um atleta espanhol naturalizado hondurenho.
Em Outubro passado, Zarco havia sido 85º no Mundial de Meia Maratona disputado em Gdynia, com o tempo de 1h04m08s, novo recorde nacional hondurenho, pelo que a marca da Maratona de Dresden estaria ao seu alcance.
Mas a revista espanhola CORREDOR, diante das imagens da meta em Dresden, descobriu que o atleta que correu com o dorsal 450, no qual estava estampado o nome de Iván Zarco, era de facto, o espanhol Camilo Santiago, residente em La Rioja.
Depois de um cuidadoso exame do vídeo, a revista publicou o incidente: “Depois de conferir as imagens da prova, os vídeos da mesma e as classificações, é impossível não afirmar que quem usava aquele dorsal era Camilo Santiago e não Zarco. Além disso, o próprio Santiago, que nessa prova havia sido anunciado como “lebre”, publicou na sexta-feira passada uma atividade sobre a Strava na cidade alemã.
A Federação de Atletismo das Honduras deu os parabéns a Zarco através das redes sociais: “O recorde nacional da Maratona das Honduras foi batido. O atleta Iván Zarco faz história novamente ao bater o recorde da maratona, anteriormente detido por Clovis Morales. A nova marca é de 2h17m46s, imposta em Dresden… Parabéns ao campeão por continuar a fazer história no atletismo das Honduras ”
Fontes próximas ao atleta disseram à EFE que o maratonista havia explicado o erro. “ Camilo disse-me que foi a Dresden para ajudar um amigo e que no final do aquecimento em Dresden, o seu dorsal tinha desaparecido. Ele foi falar com a Organização para contar o incidente e pediu que, se possível, arranjassem outro para ele. “
“A única solução que lhe deram, segundo o que me contou, foi usar o dorsal desse hondurenho, que não tinha aparecido para levantá-lo, e que mudassem o seu nome no sistema de informática, que, pelo que pode ser visto, eles não o fizeram, e aí está o erro “.