O Campeonato Nacional de Juniores realizado este fim-de-semana em Viana do Castelo ficou aquém das expetativas em termos de marcas. Mas, em contrapartida, mais de metade dos campeões individuais e dos medalhados continuarão a ser juniores em 2022 e, destes, mais de um-quarto ainda são juvenis.
Comparando as marcas dos campeões e medalhados deste ano com os de 2019, em Vagos (devido à pandemia, os campeonatos de 2020, bem diferentes e num só dia, não são comparáveis), verifica-se que estas foram bastante inferiores: no setor masculino, só foram superiores as marcas de 7 dos 22 campeões e 10 dos 22 terceiros; no feminino, 2021 perde 6-16 nas marcas campeãs e 8-14 nas das terceiras. Embora seja justo recordar que os campeonatos de 2019 foram muito positivos.
Outro aspeto que minimiza um pouco o fraco nível deste campeonato é o número de atletas que continuarão juniores na próxima época ou ainda são juvenis. Dos 40 campeões individuais masculinos e femininos, apenas 21 são juniores de 2ª época, subindo a sub’23 no final do ano. E dos 19 que se manterão juniores, 9 ainda são juvenis. Destes, a francesa Thais Beranguer, campeã na altura, ainda é juvenil de 1º ano. Considerando os 60 atletas que subiram aos pódios individuais, verifica-se que mais de metade (67) se manterão como juniores e, destes, 33 ainda são juvenis (14 deles de 1º ano). Boas perspetivas, pois, para o Nacional de Juvenis, a disputar no final de julho.
Apenas foi batido um recorde dos campeonatos, através da equipa feminina de 4×100 m do Benfica, que bateu igualmente o recorde nacional de clubes, com 47,15, menos quatro centésimos que a equipa benfiquista de há precisamente dez anos.
Houve 11 atletas que repetiram títulos de 2020… ou 2019: Eduardo Pestana (3000 m obstáculos), Duarte Fernandes (400 m barreiras), Tiago Nunes (disco), Diogo Freitas – 2019 (martelo), Pedro Dias (marcha), João Oliveira (decatlo); Sara Pereira (vara), Milena Lucena (triplo), Débora Quaresma – 2019 (peso), Eva Gonçalves (disco) e Adriana Viveiros (marcha). Destes, Tiago Nunes e Pedro Dias ainda continuarão juniores e Sara Pereira ainda é juvenil.
Uma nota final: referimos ontem que o Benfica poderia ter sido campeão não fora a falsa partida de Diogo Barrigana nos 400 m barreiras e a desistência (tropeçou numa barreira) de Sisínio Ambriz nos 110 m barreiras. Eram francamente favoritos e, se ganhassem, dariam 24 pontos ao Benfica, retirando alguns pontos aos atletas sportinguistas que se lhes seguiriam. No entanto, o facto dos segundos benfiquistas (que passariam a terceiros) deixarem de pontuar, leva a que desses 24 pontos, sete teriam que ser descontados, pelo que os 17 pontos que o Benfica conquistaria a mais eram inferiores aos 24,5 com que o Sporting, muito justamente, chegou ao título. Fica feita a devida retificação.
Essa é a pequena pista simplificada de Mazarefes
Já retifiquei, obrigado.