A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) revelou um extenso plano de testes para o Mundial de Budapeste, numa parceria com a Agência Húngara Antidoping (HUNADO) e o Comité Organizador Local. Mais de 1.100 testes combinados, para criação de perfil e deteção, são realizados para o Mundial.
A vasta gama de testes e análises incluiu até 600 testes pré-competição (principalmente para fins de criação de perfis) no período de 14 a 24 de agosto nos hotéis dos atletas, bem como até 550 testes em competição no estádio.“Este é um dos maiores e mais intensivos programas antidoping fora dos Jogos Olímpicos”, disse David Howman, presidente da AIU.
Amostras de urina, sangue e manchas de sangue seco (DBS) serão coletadas e analisadas para uma ampla gama de substâncias ou métodos: análises de EPO e hormónios de crescimento em amostras de urina e sangue; Análises de Espectrometria de Massa de Razão de Isótopos (IRMS) para doping de esteroides; e análises do Passaporte Biológico do Atleta (ABP) para doping sanguíneo e doping de esteroides. Serão realizadas outras análises, como a de transfusão de sangue. Todas as amostras são coletadas pela Agência Húngara Antidoping e são analisadas no laboratório credenciado pela WADA em Seibersdorf, na Áustria.
A AIU tem ainda monitorado de perto, os programas nacionais de testes antes de Budapeste, de acordo com a Regra 15 das Regras Antidoping do Atletismo Mundial, e observou que o nível de testes de atletas de elite aumentou geralmente, em comparação com o ano passado, graças aos esforços conjuntos da AIU e das Federações Nacionais, apoiadas pela sua Organização Nacional Antidopagem (NADO). Devido a circunstâncias excecionais decorrentes da guerra na Ucrânia, o Conselho da AIU isentou 12 atletas ucranianos do estrito requisito de elegibilidade da Regra 15 de ter pelo menos três testes fora de competição nos dez meses anteriores aos Campeonatos.
Outra componente fundamental da missão da AIU em Budapeste é a continuação de um estudo piloto, iniciado no ano passado em colaboração com a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), que vem explorando um método novo e menos invasivo para coletar amostras de sangue de atletas para fins de perfil antidopagem. Os atletas selecionados para controle de doping em Budapeste serão convidados a contribuir para o estudo, fornecendo uma amostra adicional ao usarem o novo dispositivo. Os resultados serão comparados com as amostras de rotina.
“A AIU está constantemente a procurar inovar e a atualizar a nossa tecnologia, e este é um passo importante no avanço dos nossos protocolos de coleta de sangue. Houve alguns resultados muito promissores testando o novo dispositivo em eventos anteriores, incluindo a Maratona de Boston deste ano”, explicou Howman.
Como em todos os Campeonatos Mundiais, as amostras de controle de doping coletadas em Budapeste serão transferidas para uma instalação de armazenamento de longo prazo dedicada, após a realização das análises iniciais, com o objetivo de reanalisá-las no futuro, usando as análises de deteção mais recentes disponíveis ou métodos.