Segundo o jornal britânico The Guardian, vários atletas de elitre britânicos estão muito descontentes com a gestão da sua Federação e queixaram-se a Sebastian Coe, fazendo-lhe um apelo para que intervenha.
Acredita-se que os atletas terão expressado falta de confiança na Direção da Federação, liderada por Sara Symington e Christian Malcolm, bem como na executiva-chefe, Jo Coates. Uma fonte presente disse ao The Guardian que tal foi feito “para o bem da modalidade porque as coisas precisam de mudanças dramáticas e imediatas”.
Nos JO de Tóquio, os britânicos conquistaram apenas seis medalhas, número que ficou abaixo das expetativas. Muitos questionaram as nomeações de Coates como treinadora, afirmando que ela não havia procurado conselhos de pessoas que conheciam a modalidade e disseram a ebastian Coe que as suas promessas de colocar os atletas em primeiro lugar não correspondiam à realidade.
Coe também foi informado que era difícil para as pessoas dentro da modalidade falarem publicamente, temendo as possíveis consequências.
No entanto, a frustação é tão grande entre alguns atletas, que eles chegaram a pensar em se retirarem do Programa da Federação, que lhes dá apoios através da Lotaria.
O The Guardian também sabe que os planos de Coates em reduzir os pagamentos a vários treinadores estão a causar descontentamento. Um descreveu como catastrófico o que eles estão fazendo com os treinadores, afirmando:“Que desperdício. O que vai sobrar da modalidade quando eles terminarem? ” Em resposta, a Federação instou os seus atletas de elite a reunirem com a sua Comissão de Atletas se tivessem alguma crítica a fazer.
Sebastian Coe, que falou na semana passada com o The Guardian, antes da sua conversa com os atletas britânicos, disse esperar que a Federação aprenda as lições de uns Jogos Olímpicos dececionantes.
Enquanto elogiava o desempenho dos medalhados Holly Bradshaw, Laura Muir, Keely Hodgkinson e Josh Kerr, Coe disse: “Tenho uma preocupação. Eu senti apenas que muitos atletas pareciam ter deixado para trás as suas melhores performances. E atingir o pico, e mantê-lo, é muito importante… Mesmo assim, depois de Tóquio, toda uma boa Federação passará por uma revisão. E a pergunta que qualquer Federação gostaria de fazer é: onde o talento está a ser mais apoiado?”