Embora o Dia de S. Silvestre seja o último do ano, há muito que ao longo do mês de dezembro (e até janeiro!) se realizam corridas com este nome de norte a sul do país. Mas as três principais – Lisboa e Porto pela quantidade de concorrentes (e pelo nível de alguns deles) e Amadora (por ser a mais antiga e ter sempre um bom lote de primeiros planos nacionais) – realizam-se nos últimos dias do ano: desta vez, Lisboa no sábado, 28 (17.30 h); Porto no domingo, 29 (18 h); Amadora, como sempre, no último dia do ano (18 h).
A S. Silvestre de Lisboa, a mais recente das três (terá a sua 12ª edição), com partida e chegada nos Restauradores, terá como principais vedetas, mais uma vez, Dulce Félix (já seis vezes vencedora) e Jéssica Augusto (quatro vezes primeira) – as duas ganharam 10 das 11 edições realizadas! No setor masculino, Hermano Ferreira já venceu cinco vezes (e foi 3º há um ano) mas está longe da melhor condição, apresentando-se Samuel Barata (vencedor em 2017, segundo em 2018) e o espanhol (de origem marroquina) Adel Mechaal (campeão europeu de 3000 m em pista coberta e vice-campeão de 5000 m ao ar livre) como os principais candidatos à vitória. Na “guerra dos sexos” (que está empatada 5-5 nas anteriores edições), a vantagem parece ser este ano feminina, pois elas partirão (largos) 4m 02s antes deles, a diferença verificada há um ano entre João Pereira, primeiro, e Dulce Félix, primeira. O recorde de concorrentes classificados foi obtido em 2015, quando ultrapassou os 10 mil (10.148). Há um ano foram 9455 os que passaram a meta.
Cerca de 24 horas depois, no domingo, sairá da Avenida dos Aliados a 26ª edição da S. Silvestre do Porto, ainda sem primeiros planos anunciados. Rui Pedro Silva, que ganhou oito vezes em nove anos (entre 2009 e 2017) – e foi segundo em 2015 (atrás de Rui Teixeira) e 2018 (triunfou António Pedro Rocha) -, será mais uma vez candidato, mas a sua condição já não parece ser tão boa. Sara Moreira foi a vencedora há um ano mas ainda não está em condições de competir (pelo menos em bom nível), depois de prolongada lesão. A S. Silvestre do Porto detém o recorde de prova nacional mais participada de sempre (10.880 concorrentes classificados em 2015) mas caiu para a casa dos oito mil nos três anos seguintes.
Finalmente, no dia 31 será a vez da S. Silvestre da Amadora, que terá a sua 45ª edição (começou em 1975). Rui Pinto, que há um ano, ao ganhar pela 4ª vez (2014 e desde 2016), ultrapassou Carlos Lopes, Domingos Castro e Manuel Damião, cada um deles com três vitórias, tentará mais um triunfo, mas terá difícil oposição de André Pereira e Miguel Marques (2º em 2018), principalmente, e ainda de Licínio Pimentel (3º) e Eduardo Mbengani (4º). No setor feminino, com Rosa Mota (dorsal nº 1) presente, Ana Ferreira (o principal nome anunciado) deverá repetir o triunfo de há um ano. Embora a hora da partida nada tenha a ver com as antigas 23 horas (!), tendo há vários anos sido antecipada para as 18, o facto de a prova se realizar no último dia do ano retira muita gente à competição (embora seja uma marca distintiva desta S. Silvestre). O recorde de concorrentes na meta foi batido no ano passado: 1597. Poderá sê-lo de novo este ano…