A jamaicana Veronica Campbell-Brown, retirada da alta competição, aconselhou a sprinter norte-americana Sha Carri Richardson a motivar-se em Elaine Thompson-Herah e Shelly-Ann Fraser-Pryce, atualmente as duas mulheres mais rápidas do mundo.
(Sha Carri) “é uma atleta talentosa, ela é jovem, enérgica e excitante”, disse Veronica sobre a jovem Richardson. “Mas acho que se ela conseguir concentrar-se novamente, ela dar-se-á muito bem na modalidade. Eu sei que Elaine e Shelly-Ann darão sempre a ela uma boa luta e se ela as usar como motivação, elas podem pressioná-la a ser extraordinária”.
Campbell-Brown, que ajudou a colocar a Jamaica no topo do sprint global, ganhou a sua primeira medalha olímpica, uma de prata, aos 18 anos nos JO de 2000. Quatro anos depois, em Atenas, aos 22 anos, ela tornou-se a primeira atleta caribenha a ganhar uma medalha na velocidade pura ao superar a favorita Allyson Felix nos 200 m. Dias depois, ela conquistou uma medalha de ouro nos 4×100 m.
Sha Carri tem um recorde pessoal de 10,72 aos 100 m, marca obtida no início deste ano. Campbell-Brown comenta: “Ela fez isso dois anos depois de se tornar uma profissional. Isso mostra que ela tem essa habilidade, e estou animada para ver o que ela fará no futuro.”
Outro assunto que entusiasma Campbell-Brown é o recorde mundial dos 100 m. Ela acredita que Shelly-Ann Fraser-Pryce e Elaine Thompson-Herah estão motivadas para tentarem bater o recorde na próxima época.
“Elaine chegou tão perto noutro dia. Isto foi o mais próximo que alguém já esteve, depois de tantos anos. Eu acredito que está agora ao nosso alcance. Elaine mostra que está ao seu alcance e Shelly fez então aqueles 10,60 que está também muito perto. Ambos os tempos são o 2º e o 3º mais rápidos da história, então é uma indicação de que elas estão a aproximar-se e tenho a certeza de que Elaine e Shelly agora têm os seus olhos postos no registo”.
Quanto à retirada da alta competição, Verônica não tem intenção de parar pois mantém o exercício físico. “Pela diversão, pela saúde e pelo benefício disso”, disse ela.
Ela é também é uma empresária mas de todas as coisas que a mantêm ocupada, a mais gratificante é a sua filha Avianna de dois anos e meio. Quando questionada sobre o futuro da filha como atleta, um grande sorriso jamaicano iluminou o seu rosto. “Eu posso ver que ela já é muito atlética. Ela adora correr e adora saltar. Mas não vou realmente pressioná-la a nada. Vou apenas ver o que ela gosta e vou apoiá-la em tudo que ela escolher fazer na vida. Quando ela vai para a pista, ela está brigando com as meninas, fazendo tudo o que elas estão a fazer. No momento, ela é uma imitadora. Tudo o que elas estão a fazer, ela está a fazer e então, ela está num atletismo que pode influenciá-la a seguir esse caminho. Mas eu não sei realmente ainda. Se ela gosta de ténis, eu vou apoiar isso. Se ela gosta de atletismo, vou apoiar isso, se for nadar, então vou apoiá-la. Então, o que ela quiser. Não vou pressioná-la a seguir os meus passos ou os do seu pai”.