A Agência Mundial Antidoping obteve novas evidências e quer comparar amostras antes de definir investigações sobre o caso de doping institucional na Rússia
A Agência Mundial Antidoping (WADA) está disposta cooperar com a Rússia nas investigações de doping no país, mas exige acesso total aos documentos e informações do laboratório de Moscovo. Na semana passada, a comissão independente de investigação do caso da entidade, adquiriu um arquivo digital com informações sobre todos os exames analisados pelo laboratório russo entre janeiro de 2012 e agosto de 2015. O presidente da WADA, Sir Craig Reedie, revelou nesta sexta-feira que eles foram contactados pelo Comité de Investigação interno da Rússia e receberam um pedido formal de ajuda.
– “O Comité de Investigação escreveu-nos para cooperar com o seu trabalho. Uma condição será que, temos que ter acesso ao laboratório de Moscovo” – disse Sir Craig no final da reunião do Conselho de Fundação da WADA.
A WADA conseguiu uma base de dados eletrónica de todos os testes do laboratório de Moscovo. Os documentos detalham milhares de exames, fornecendo novas evidências que parecem confirmar as alegações e os casos de doping. Os dados chegaram à agência através de um informador, por isso, a entidade quer ter acesso ao laboratório para que eles possam combinar as amostras com o banco de dados.
Craig Reedie advertiu a Rússia e reafirmou que ter acesso aos dados do laboratório é uma condição fundamental. A reunião do Conselho de Fundação da entidade nesta sexta-feira decidiu alargar o seu estatuto de não conformidade, uma sanção imposta pela primeira vez em novembro de 2015. A decisão de não encerrar a suspensão trouxe dúvidas sobre a participação dos atletas russos e se poderão competir sob a sua própria bandeira nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de Pyeongchang em 2018.