No Dia Internacional da Mulher comemorado ontem, a World Athletics (WA) anunciou a campanha #WeGrowAthletics – uma iniciativa projetada para eliminar o preconceito de género e trabalhar em direção à equidade do género no atletismo.
O dia 8 marcou o início do terceiro ano desta campanha, com a WA a anunciar mais promessas de levá-la ainda mais longe. Desde o aumento da representação feminina no Conselho da WA até à melhoria das políticas de salvaguarda em todas as 214 federações membros da WA.
Maior representação
O Conselho da WA é composto por 26 membros, de diferentes federações membros (é uma regra do Conselho WA que nenhum país pode ser representado por vários membros). Existem requisitos de género para o Conselho, e este é o cerne de uma das promessas da WA para 2023.
Em 2019, deveria haver um mínimo de sete mulheres e sete homens representados no Conselho, mas este número vai passar este ano, para pelo menos dez, após as eleições do conselho do WA em agosto, o que significa que o Conselho será 40% feminino. O plano é aumentar para 13 em 2027 (a próxima eleição do Conselho da WA), momento em que o Conselho apresentará uma divisão de 50-50 de representantes masculinos e femininos.
A WA também se comprometeu a aumentar o número de treinadoras nos próximos Campeonatos Mundiais. Até ao Campeonato Mundial de Atletismo de 2025 em Tóquio, o número total de treinadoras aumentará “pelo menos 20%”. Para conseguir isso, a WA irá, não apenas incentivar as federações membros a enviar mais treinadoras, mas a organização também fornecerá “o caminho de aprendizagem em países onde as mulheres estão sub-representadas ao nível de treinador”.
Políticas de salvaguarda
Outra grande iniciativa da WA é a implementação de políticas de salvaguarda de todas as 214 federações membros da organização. As federações devem concluir essa tarefa até ao final do ano, sendo um dos principais focos da WA por um motivo muito importante: “garantir que a nossa modalidade seja um ambiente seguro e acolhedor para todos”. Mulheres em muitos países, são vítimas de assédio por homens que ocupam posições de poder na sua modalidade, situação que a WA quer acabar.
Promover a promulgação dessas políticas de proteção e, posteriormente, aplicá-las, irá ajudar muito, não apenas a proteger as mulheres na modalidade, mas também a fazer com que todas se sintam seguras e protegidas, seja onde estejam a treinar ou a competir.