A World Athletics abriu nesta segunda-feira um período de consulta entre todas as partes interessadas sobre as condições de elegibilidade para participação na categoria feminina, bem como sobre os atuais regulamentos DSD (Different Sexual Development) e Transgénero.
Este período de consulta, que se prolonga até 5 de março, foi iniciado pelo grupo de trabalho sobre atletas de género diverso criado pela World Athletics para “manter-se atualizado sobre os desenvolvimentos científicos, desportivos, legais e sociais relacionados com atletas de género diverso”.
Uma tarefa que permitiu ao referido grupo, como explicou a World Athletics num comunicado à imprensa, tomar conhecimento durante o seu trabalho em 2024 de “avanços científicos importantes que tornam apropriado modificar os regulamentos DSD e Transgénero”.
“Embora as nossas regras atuais de elegibilidade para atletas DSD e transgéneros sejam sólidas e baseadas na ciência disponível no momento da nossa última consulta, uma série de desenvolvimentos científicos surgiram desde então neste campo”, disse o presidente da World Athletics, Sebastian Coe.
A este respeito, Coe disse que o papel da World Athletics como órgão regulador global do atletismo “é garantir” que as diretrizes da organização “sejam mantidas atualizadas com as informações mais recentes disponíveis, para manter um campo de jogo justo e equilibrado na categoria feminina”.
O presidente da World Athletics destacou que “preservar a integridade da competição na categoria feminina é um princípio fundamental do atletismo” e que, portanto, está “ansioso” pelos resultados do processo de consulta que será aberto com todas as partes interessadas.
Esta revisão ocorre poucos dias após o decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para proibir pessoas transgénero de competir em eventos femininos. Uma medida que chega a proibir vistos para pessoas transgénero que pretendam competir entre mulheres.