Quatro meses após aprovar a introdução de testes de cotonete oral para determinar se uma atleta é biologicamente do sexo feminino, a World Athletics anunciou a introdução de um teste de cotonete oral obrigatório para determinar o género das atletas, que será exigido para a participação em competições femininas que contarem para o ranking mundial. A medida entrará em vigor em 1 de setembro.
Este teste, realizado apenas uma vez por atleta, permite a deteção do gene SRY, que revela a presença do cromossoma Y, um indicador do sexo biológico, e pode ser realizado através de swab bucal ou exame sanguíneo. O protocolo de testes será supervisionado pelas federações filiadas e os novos regulamentos entrarão em vigor em 1 de setembro, antes do Campeonato Mundial de Tóquio, que será realizado entre 13 e 21 de setembro.
O teste já foi implementado pela Federação Mundial de Boxe
O atletismo passou anos a debater os critérios de elegibilidade para competir em eventos femininos, em meio a questionamentos sobre as vantagens biológicas de atletas transgénero e pessoas com diferenças de desenvolvimento sexual (DSD). A World Athletics proíbe mulheres transgénero que atingiram a puberdade masculina de competir em eventos femininos e exige que atletas cujos corpos produzem altos níveis de testosterona, reduzam esses níveis para serem elegíveis.
No início deste ano, um grupo de trabalho concluiu que essas regras não eram suficientemente rigorosas e recomendou a introdução do teste genético SRY. Este teste foi também aprovado em maio pela Federação Mundial de Boxe, que introduziu a triagem de género obrigatória para todos os seus praticantes.