A Organização da Abbot World Marathon Majors anunciou um corte drástico nos prémios monetários para este ano, precisamente em 69% para os atletas de elite. O motivo apresentado reside no objetivo de tornar as suas recompensas financeiras iguais às da categoria de cadeira de rodas para os cinco primeiros de ambas as classificações.
Quando o World Marathon Majors – que consiste em Tóquio, Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York – foi lançado em 2006, foi estabelecido um prémio de 500.000 dólares, concedido a cada ano, aos vencedores das séries masculina e feminina. Em 2017, o WMM alterou a sua estrutura de prémios, reduzindo o grande prémio para 250.000 dólares (mas acrescentando 50.000 para o segundo e 25.000 para o terceiro), aumentando o prémio em dinheiro para atletas em cadeira de rodas e adicionando um componente de doação de caridade de 280.000 dólares.
O corte afeta especialmente os vencedores deste ano, que dos prometidos 250 mil dólares no início do ano, só vão receber 50.000 dólares.
Um dos perdedores é Eliud Kipchoge, vencedor de Tóquio e Berlim, que com os seus 50 pontos (25 por cada vitória), é o grande candidato a vencer o circuito, como foi o caso entre 2016 e 2019. Em femininos, a campeão mundial Gotytom Gebreslase lidera a lista de prémios.
Na realidade, o título de vencedor do circuito não é algo que chame muito a atenção, pois cada prova tem prémios mais significativos . Kipchoge, por exemplo, recebeu 750.000 dólares para participar em Berlim e outro bónus de 250.000 dólares por ter ali batido o recorde mundial. Um milhão de dólares, bem superior aos 50.000 dólares por vencer a pontuação das grandes maratonas do ano.