Yaroslava Mahuchikh, campeã olímpica do salto em altura, disse como se inspira para se apresentar ao melhor nível nas competições.
Ela teve uma grande época, a melhor da sua carreira até agora. Para além da medalha de ouro olímpica, obteve o recorde mundial ao saltar 2,10 m no Meeting de Paris da Liga Diamante, superando em um centímetro o anterior recorde que pertencia a Stefka Kostadinova.
Ela também manteve o seu título europeu de Munique ao vencer o recente Europeu de Roma com um salto de 2,01 m. Para terminar a época em beleza, venceu pela terceira vez consecutiva o troféu da Liga Diamante no Meeting de Bruxelas.
Esta vitória foi especial para Yaroslava Mahuchikh, já que, ela tem há ano e meio, a sua casa base em Heusden-Zolder. “A Bélgica tornou-se o meu segundo lar e recebo muito apoio”, disse Mahuchikh.
Após o fim da época, Mahuchikh revelou que vai regressar à sua cidade natal, Dnipro, por dois meses e que não vê a sua família desde outubro de 2023.
Os seus pensamentos nunca estão longe daqueles que vivem na Ucrânia devastada pela guerra.
“Eu luto pelo meu país, na pista de atletismo”, disse Mahuchikh, de 22 anos. “Eu salto pelo meu país e pelas pessoas de lá. Elas dizem-me que as minhas conquistas trazem um pouco de alegria às suas vidas. O meu título olímpico trouxe alegria na Ucrânia por um dia, mas então um míssil atingiu um hospital infantil (morreram duas pessoas quando o Hospital Infantil Ohmatdyt foi atingido por um ataque aéreo russo em 8 de julho). Eu chorei muito então.”
Questionada se preferia o ouro olímpico ou o recorde mundial, Mahuchikh respondeu: “Ambos são memórias indescritíveis. Mas os recordes existem para serem batidos. Um dia, o meu recorde também será batido. Então, escolherei o ouro olímpico. Uma vez campeã olímpica, sempre campeã olímpica.”