Deve-se em boa parte à russa Yulia Stepanova a descoberta do doping de estado no seu país. O seu testemunho foi determinante para a elaboração do informe McLaren que levou à suspensão da Rússia das grandes competições internacionais.
Stepanova como atleta de alta competição, ela própria beneficiou durante anos das práticas dopantes. O seu marido Vitaly Stepanov trabalhava então na Agência Antidoping da Rússia (RUSADA) e também contribuiu para a denúncia do doping russo.
Correndo ambos perigo de vida, a solução foi fugir do seu país e refugiarem-se nos Estados Unidos, onde vivem escondidos e com medo do que lhes possa acontecer. “Enquanto Putin for o presidente, não é seguro para nós voltarmos à Rússia. Se nos matam nos Estados Unidos, no final a verdade sairia à luz, mas se nos matam na Rússia, dirão que foi um acidente”.
Ambos esperam que o Tribunal Arbitral do Desporto se pronuncie acerca do recurso da Rússia às sanções impostas pela AMA.