O Benfica sagrou-se este domingo campeão nacional de juniores de pista coberta pela 10ª vez no setor masculino (em 17 campeonatos) – 8ª consecutiva! – e pela 8ª vez no feminino (3ª consecutiva). Nos rapazes, o Benfica somou 242 pontos, contra 230 do Sporting e 99 da AD Novas Luzes, que foi a surpresa do pódio. Nas raparigas, o Benfica conseguiu 185 pontos, contra 164,5 do Sporting e 86 da Juventude Vidigalense. Despiques bem mais equilibrados entre Benfica e Sporting que em épocas anteriores…
Além os títulos coletivos, atletas do Benfica conseguiram dois recordes nacionais, no heptatlo e nos 4×200 metros. E um terceiro não pode ser considerado (nos 4×200 m femininos), pois Delphine Nkansa é belga.
Destaque especial para Manuel Dias, que melhorou no heptatlo de 4904 pontos em 2016 – em representação do União de Tomar – para 5352 pontos, progredindo em todas as sete provas (!): 7,35-7,24 nos 60 m; 6,25-7,10 no comprimento; 12,46-13,08 no peso; 1,78-1,80 na altura; 8,48-8,41 nas barreiras; 4,20-4,40 na vara; 2.54,51-2.46,58 nos 1000 m. Destaque especial para o salto em comprimento, já que os seus 7,10 dariam para ser campeão nacional; e na vara seria segundo e nas barreiras terceiro… O anterior recorde nacional pertencia a Samuel Remédios, com 5310 desde final de 2010.
Nos 4×200 m, o Benfica (com Delvis Santos, David Reis, João Geadas e João Coelho) conseguiu 1.30,26 (antes: FC Porto, 1.30,98 em 2010).
No setor feminino, a principal figura do campeonato voltou a ser Marisa Carvalho (Benfica), campeã de 60 m barreiras (pelo 4º ano consecutivo!) e do comprimento, com recorde dos campeonatos [ver adiante] e com uma marca (6,12) que a coloca como terceira júnior de sempre, a seguir à recordista Teresa Carvalho (6,20) e a Ana Oliveira (6,13). Muito bom o nível da velocidade. A ainda juvenil belga Delphine Nkansa (Benfica) ganhou os 60 m, com 7,60 (tem 7,50 como melhor) e os 200 m com 24,60 (só Lucrécia Jardim, 24,47, tem melhor como juvenil) e ainda esteve na estafeta vencedora de 4×200 m.
Catarina Lourenço (Fund. Salesiana), com 24,86 nos 200 m, passou a ser a 5ª júnior de sempre, e Beatriz Andrade (SCU Torreense), com 25,08, subiu a segunda juvenil nacional de sempre (Nkansa não conta por ser belga). Também a campeã de 400 m, Ana Costa (Boavista), é ainda juvenil (e de 1º ano!) e o seu tempo de 56,92 fica a cinco centésimos do recorde de Fatoumata Diallo.
No setor masculino, o principal destaque, para além de Manuel Dias, vai para Rodolfo Garcia (Benfica), cujos 16,48 no peso o colocam como quarto júnior de sempre, a seguir a António Vital Silva (18,13), Tsanko Arnaudov (17,87) e Otoniel Badjana (17,17).
Na vara, João Pedro Buaró (GD Estreito), ao passar 4,50, subiu a segundo juvenil de sempre (não considerando as marcas de final do ano, já na época seguinte, altura em que Ruben Miranda bateu o recorde nacional do escalão, com 4,66).
Curiosidades dos campeonatos:
– Marisa Carvalho ganhou pelo quarto ano consecutivo (feito inédito) o título de 60 m barreiras, somando oito vitórias nos Nacionais de Juniores (mais duas em 60 m e uma em comprimento e peso). Mas pode ser igualada no próximo ano por Bárbara Mota, que já ganhou três títulos na vara.
– Foram batidos cinco recordes dos campeonatos: os dois recordes nacionais (heptatlo e 4×200 masc.) e ainda Delphine Nkansa nos 200 m (24,60, contra 24,84 de Patrícia Lopes em 2001), Marisa Carvalho no comprimento (6,12, contra 6,06 da sua irmã Teresa Carvalho em 2014) e a equipa feminina do Benfica de 4×200 m (1.41,44 contra 1.43,58 do Benfica em 2013… igualmente com uma atleta estrangeira). A marca do Benfica é recorde dos campeonatos, já que Delphine Nkansa pode ser campeã nacional, por ainda não ter 18 anos, mas não pode ser recordista nacional, por ser estrangeira.
– Houve 16 marcas de campeões melhores contra 12 piores relativamente a 2017, com destaque para o setor feminino (9 melhores, 5 piores e 1 igual), já que no masculino houve igualdade 7-7 (e uma igual).
– Nada menos de sete campeões ainda são juvenis: curiosamente apenas um no setor masculino, João Pedro Buaró (vara) e seis no feminino, Delphine Nkansa (60 e 200 m), Ana Costa (400 m), Lia Lemos (3000 m), Eduarda Ferreira (altura) e Maria João Esteves (triplo).
MASCULINOS | ||
60 m | Delvis Santos (SL Benfica) | 6,95 |
200 m | Delvis Santos (SL Benfica) | 22,53 |
400 m | João Coelho (SL Benfica) | 49,58 |
800 m | António Moura (Sporting CP) | 1.53,17 |
1500 m | Alexandre Figueiredo (SL Benfica) | 4.02,33 |
3000 m | Martim Monteiro (Sporting CP) | 8.29,00 |
60 b/1m | Diogo Guerra (SL Benfica) | 8,30 |
Altura | Ailton Fernandes (Sporting CP) | 2,00 |
Vara | João Pedro Buaró (GD Estreito) | 4,50 |
Comp. | André Rangel (AA Pinahlnovense) | 6,92 |
Triplo | Henrique Fortes (AD N Luzes) | 14,18 |
Peso/6k | Rodolfo Garcia (SL Benfica) | 16,48 |
5 km M | Ruben Santos (CF Oliv. Douro) | 22.40,66 |
Heptatlo | Manuel Dias (SL Benfica) | 5335 |
4×200 m | SL Benfica | 1.30,26 |
Por equipas: | ||
1º | SL Benfica | 242 |
2º | Sporting | 230 |
3º | AD Novas Luzes | 99 |
FEMININOS | ||
60 m | Delphine Nkansa (SL Benfica) | 7,60 |
200 m | Delphine Nkansa (SL Benfica) | 24,60 |
400 m | Ana Costa (Boavista) | 56,92 |
800 m | Mariana Machado (SC Braga) | 2.11,52 |
1500 m | Mariana Machado (SC Braga) | 4.33,41 |
3000 m | Lia Lemos (Maia AC) | 9.55,14 |
60 bar. | Marisa Carvalho (SL Benfica) | 8,56 |
Altura | Eduarda Ferreira (J. Vidigalense) | 1,56 |
Vara | Bárbara Mota (SC Braga) | 3,20 |
Comp. | Marisa Carvalho (SL Benfica) | 6,12 |
Triplo | Mª João Esteves (CA M Grande) | 12,03 |
Peso | Inês Carreira (J. Vidigalense) | 12,46 |
3 km M | Inês Reis (Sporting CP) | 14.04,79 |
Pentatlo | Bárbara Silva (Jard. Serra) | 3321 |
4×200 m | SL Benfica | 1.41,44 |
Por equipas: | ||
1º | SL Benfica | 185 |
2º | Sporting | 164,5 |
3º | Juv. Vidigalense | 86 |
“Destaque especial para o salto em comprimento, já que os seus 7,10 dariam para ser campeão nacional; e na vara seria segundo…” e 3º nas barreiras.
A Ana Costa
desde pequena que corre como uma mota, mas na verdade não se chama “Ana Mota” (conforme aí vem escrito por 2 vezes), mas sim Ana Costa
Caro Arlindo,
Obrigado pela chamada de atenção.
Cumprimentos,
Manuel Sequeira