Sem surpresa, Benfica, no setor masculino, e Sporting, no feminino, sagraram-se mais uma vez campeões nacionais sub’23, este fim-de-semana, em Pombal. Para o Benfica foi o 14º título consecutivo… em 14 campeonatos disputados! E, mais uma vez, com larga vantagem: 160 pontos, contra 124 do Sporting e 26,5 da J. Vidigalense. O Sporting, que havia perdido o campeonato feminino por um ponto face ao Benfica em 2017, foi agora folgadíssimo campeão, com 125 pontos contra 74,5 da J. Vidigalense e 54 do Benfica. Foi o quarto título feminino do Sporting em 14 campeonatos.
A revelação João Coelho
Vários foram os atletas que se salientaram. Nota mais alta, no setor masculino, para a grande revelação benfiquista João Coelho, que já vai em 21,86 nos 200 m e 48,21 nos 400 m na sua primeira época de atividade, sendo já, respetivamente, o terceiro e segundo júnior de sempre em pista coberta. Nos 400 m, apenas o recordista Carlos Silva tem melhor (47,81 em 1993); nos 200 m, está a seguir a Mauro Pereira (21,66 em 2017) e Ricardo Alves (21,70 em 1999). Vindo do futebol do Alverca, João Coelho tem apenas cinco meses de treino de atletismo! Para completar, João Coelho foi o último elemento da equipa do Benfica que bateu o recorde nacional sub’23 de 4×200 m, com 1.29,68, menos 23 centésimos que o Benfica em 2017. Delvis Santos, Mauro Pereira e João Esteves foram os três outros elementos da equipa.
Outra revelação é o também benfiquista José Carlos Pinto, de 20 anos, que tinha 1.53,62 aos 800 m ao ar livre como melhor em 2017 e 1.51,89 em pista coberta esta época e ganhou este domingo com 1.50,34 (melhor marca nacional do ano), à frente de João Fonseca (1.50,79). Para completar, João Coelho foi o último elemento da equipa do Benfica que bateu o recorde nacional de 4×200 m, com 1.29,68, menos 23 centésimos que o Benfica em 2017. Delvis Santos, Mauro Pereira e João Esteves foram os três outros elementos da equipa.
Destaque ainda para o agora benfiquista (ex-Campismo) Ivo Tavares, que, vindo de lesão, abriu a sua época com 7,64 no comprimento, a três centímetros do seu melhor de ar livre em 2017 e a quatro centímetros da melhor marca nacional do ano de Miguel Marques. No peso, Otoniel Badjana progrediu de 16,26 para 16,58 e é já o nono português de sempre. Destaque ainda para o luso-francês Yanis Alves, que a Juv. Vidigalense descobriu e que ganhou o salto com vara, com 4,80, mas tem 5,10 como melhor em França (5,16 ao ar livre em 2017).
Evelise Veiga a melhor
No setor feminino, a sportinguista Evelise Veiga esteve em particular evidência no comprimento, ao melhorar os 6,22 que tinha (6,23 ao ar livre em 2017) para 6,32, subindo a sexta no ranking de sempre de pista coberta. Também ganhou o triplo, com 12,81, neste caso seguida da benfiquista Patrícia Rodrigues, que progrediu de 12,29 para 12,48 e é a sétima júnior de sempre. No peso, ganho sem surpresa pela sportinguista Jéssica Inchude, com 16,01, Eliana Bandeira, da Juv. Vidigalense, ex-brasileira já naturalizada, progrediu de 15,37 para 15,73 e subiu a quarta de sempre. Finalmente, nos 200 m, Fatoumata Diallo, do CO Pechão, progrediu de 25,17 (em 2017) para 25,00 e é já a quinta júnior de sempre, tendo mais um ano no escalão à sua frente.