A oitava edição do Troféu Ibérico de 10000 metros, a realizar este sábado, em Braga, deverá ter superioridade espanhola no setor masculino – como se verificou nos últimos anos – e promete equilíbrio no feminino.
A história da competição (e do anterior Campeonato Ibérico, realizado entre 1991 e 1996) mostram a evolução do meio-fundo nacional: muito forte (em especial no setor masculino) na década de noventa; fraco nos homens, forte nas mulheres, já neste século.
No Campeonato Ibérico, que teve sete edições, Portugal ganhou 14 títulos (9 individuais e 5 coletivos) contra 10 da Espanha (3+7). Houve equilíbrio nos homens (6-6) e vantagem portuguesa nas mulheres (8-4), com a grande diferença a verificar-se nos triunfos individuais femininos (5-1).
No (atual) Troféu Ibérico, que se realiza desde 2011, a Espanha soma 17 triunfos (9 individuais e 8 coletivos) contra 10 de Portugal (5+5). Grande superioridade espanhola no setor masculino (6-1 em vitórias individuais e 5-2 coletivas) e igualdade no feminino (4-3 e 3-4, respetivamente). Nos últimos cinco anos, a Espanha ocupou todos os lugares dos pódios individuais masculinos. Nos dois primeiros anos, Rui Silva ganhou em 2011 e Ricardo Ribas foi segundo em 2012. Já no setor feminino, Portugal ganhou através de Dulce Félix (2011), Salomé Rocha (2013), Jéssica Augusto (2014) e Sara Moreira (2015). Nos dois últimos anos, a vitória foi espanhola, por Trihas Gebre, com Salomé Rocha, este ano ausente por lesão, em segundo lugar.
Como será desta vez? As esperanças portuguesas, apesar das lesões de Jéssica Augusto e Salomé Rocha e da impossibilidade de Dulce Félix (regressará à competição este domingo, na Corrida do Benfica), estão centradas no setor feminino, nomeadamente através de Catarina Ribeiro, Sara Moreira e Inês Monteiro, as três primeiras do recente Nacional de Corta-Mato. Completarão a equipa (e são quatro a contar para a equipa) Cátia Santos e Susana Godinho. A Espanha não apresentará Trihas Gebre, devendo ser Maria José Perez a sua melhor atleta.
Bem mais fraca a formação nacional masculina, apesar da “novidade” Rui Pinto, que se estreará na distância, e do “regresso” de Rui Pedro Silva. Bruno Albuquerque, o atleta que nas últimas épocas mais se tem dedicado à distância, estará ausente, tal como Samuel Barata, que tem estado em foco desde a época passada. A equipa será completada por Ricardo Dias e Hélder Santos. Perspetivas pouco otimistas face a uma equipa espanhola que há cinco anos domina amplamente e que contará este ano com António Abadia, vencedor em 2015 e 2016, José España e Ricardo Serrano, entre outros.
Nos escalões jovens, foram “convidados” a participar (a Federação não refere “selecionar”…) os seguintes atletas:
Sub23 (fem.): Helena Alves e Manuela Martins
Sub23 (masc.): Cristiano Pereira, Bruno Batista, João Ferreira e Filipe Vitorino
Juniores (masc.): Alexandre Figueiredo e Simão Bastos
Estão previstas três séries masculinas e duas femininas, a partir das 16.55 h, com as provas principais às 19.05 h (fem.) e 19.45 h (masc.).
Ver história da competição em: http://atletismo-estatistica.pt/outras-competicoes-internacionais/iberico-de-10000-m-2/