Inês Henriques não foi feliz nos 50 km do Mundial de Seleções de marcha, em Taicang, China. Depois de liderar mais de metade da prova (embora com as chinesas “coladas”), desistiu aos 29 km e viu a chinesa Rui Liang bater o seu recorde mundial, de 4h05m56s, no Mundial de Londres’2017, para 4.04.36.
A atleta portuguesa, que fica na história da especialidade como a primeira campeã e recordista mundial, tentava novo êxito e andou sempre na frente na primeira metade da prova, coberta em 2.02.51, em andamento de recorde mundial. Com ela, três chinesas (incluindo a vice-campeã mundial Hang Yin) e a australiana Claire Tallent. Aos 10 km, Inês Henriques chegou a ter cinco segundos de vantagem, que foram posteriormente anulados. Até que, já depois dos 25 km, Inês Henriques parou, recomeçou mas viria a desistir mais à frente.
A prova viria a resolver-se nos últimos 10 km, altura em que a chinesa Rui Liang, que fazia a sua estreia na distância, se isolou, para ganhar com mais de quatro minutos e meio de vantagem sobre a sua compatriota Heng Yin, vice-campeã mundial em 2017 (4.09.09) e sobre a estreante australiana Claite Tallent (4.09.33). A China garantia entretanto o triunfo por equipas, ao meter a quinta classificada, Faying Ma (4.13.28). A equatoriana Paola Perez foi quarta (4.12.56) e a espanhola Julia Takacs foi a melhor europeia, em oitavo lugar, com 4.16.37. Mas a Espanha ficou a um ponto do pódio coletivo, ganho pela China (8 pontos), seguida de Equador (21) e Ucrânia (40). Classificaram-se 29 atletas (um dado bem positivo!), registando-se duas desistências e uma desclassificação.
Nos 50 km marcha masculinos, prova na qual Pedro Isidro desistiu depois dos 35 km (passara em 34º a meio da prova, em 1.59.00 e em 39º aos 35 km, mas já em quebra), o domínio foi totalmente japonês, com três atletas no pódio e a vitória a pertencer a Hirooki Arai, em 3.44.25. O melhor europeu foi o polaco Rafal Augustyn, em 3.48.22.