Lesionado com gravidade no Mundial de pista coberta (foi apenas 12º com 19,93), Tsanko Arnaudov teve duas épocas distintas: muito boa no inverno, à procura da forma no verão. Mas continuou (pelo 4º ano consecutivo) a ser o melhor, seguido de Francisco Belo, que igualou o recorde pessoal (depois de um inverno inativo por lesão), e do veterano Marco Fortes. Mas, depois, dos restantes oito atletas que passaram 15 metros, nada menos de sete melhoraram os seus recordes pessoais. E os rankings foram, por boa margem, os melhores de sempre. A média dos 10 melhores passou de 16,96 (que já era recorde) para 17,48 e a dos 20 de 15,67 (também recorde) para 15,98, ou seja, mais 52 e mais 21 centímetros, respetivamente.
PÓDIO:
1º TSANKO ARNAUDOV (BENFICA)
Na pista coberta chegou a 21,27, a sua segunda marca de sempre depois dos 21,56 ao ar livre em 2017, e a 20,86. Ao ar livre “ficou-se” pelos 20,65, já perto do final da época, sendo apenas 9º no Europeu, com 20,33. A grave lesão no Mundial de pista coberta marcou a diferença. Foi campeão de Portugal de pista coberta (20,57) e ar livre (19,60) e 2º no Campeonato Ibero-Americano, com 19,34, a fechar a época.
2º FRANCISCO BELO (BENFICA)
Lesionado no inverno, só regressou em maio e chegou ao seu melhor em agosto, igualando os 20,86 de 2017 e lançando ainda 20,33 e 20,10 na fase final da época. No Europeu esteve mal: 14º na qualificação, com 19,66.
3º MARCO FORTES (SPORTING)
Aos 35 anos, melhorou em relação a 2017 mas continuou naturalmente longe dos 21 metros, tanto mais que manteve problemas físicos. Chegou a 19,10 (2º na I Divisão) e a 19,05 (3º no Campeonato de Portugal) como melhor.
E AINDA…
Houve muito quem melhorasse. Acima de 15 metros, salientamos Otoniel Badjana, de 16,20 para 17,29 (e 17,13) – foi campeão nacional sub’23 em pista coberta; José Pinho, de 15,65 para 16,11; Edujose Lima, de 15,55 para 16,11 (foi campeão nacional sub’23); Luís Melo, de 15,80 (em 2013!) para 15,84, marca com que subiu ao pódio (3º) no Nacional de pista coberta; Daniel Santiago, de 15,13 para 15,70; e Mykyta Sudashov, de 13,83 para 15,51.
A REVELAÇÃO: RODOLFO GARCIA (BENFICA)
Este júnior progrediu de 14,96 para 17,56 com o peso de 6 kg e de 13,29 para 14,55 com o de 7,26 kg.
Ranking da época: http://atletismo-estatistica.pt/anuais/absolutos-2018-m-2/