Um inspetor assegurou que a alemã Heike Drechsler, bi campeã olímpica do salto em comprimento, não foi uma colaboradora da STASI, polícia secreta da extinta República Democrática da Alemanha.
A sua imagem de lenda do atletismo estava manchada após muitos anos de rumores que a apresentavam como colaboradora oficiosa (“inoffizieller Mitarbeiter” ou IM) da STASI.
A atleta encarregou um inspetor da ex-RDA e da antiga polícia secreta de encontrar as provas para livrá-la de todas as suspeitas. “Eu fico encolerizada porque não é verdade que eu fosse uma ‘IM’. Isso não é verdade”.
Após um ano de investigações e de entrevistas, o inspetor concluiu, num relatório de trinta páginas que Dreschler não pertenceu à polícia secreta. “A questão de saber se a senhora Heike Drechsler, nascida em 16 de Dezembro de 1964 sobre o nome de Heike Gabriela Daute, deve ser considerada como uma empregada oficiosa (IM) do Ministério da Segurança do Estado, conforme às normas deste ministério ou às da lei sobre a documentação da STASI, é clara: Não. Não. Não”, escreveu ele.
A origem do rumor de que foi vítima a atleta nasceu em 1993 com a publicação na imprensa de uma simples ficha do ex- Ministério da Segurança do Estado. Ela foi inscrita na compilação “Quem era quem na RDA” como informadora sobre o nome de código de “Jump”.
Dreschler, ganhou em mais de 20 anos de carreira, numerosos títulos no salto em comprimento e na velocidade. Foi detentora dos recordes mundiais do comprimento e dos 200 metros. Em 2009, admitiu ter sido dopada sem se ter apercebido de tal.