Em reunião da IAAF ontem no Mónaco, a IAAF negou pela nona vez o pedido de reintegração e fez exigências à Federação Russa de Atletismo, envolvida no escândalo de doping em 2015.
A IAAF impôs duas condições para que os russos sejam reintegrados nas competições internacionais. Ter acesso ao banco de dados do computador do laboratório de Moscovo, onde outros casos podem estar sendo escondidos, é uma das exigências. A outra condição recomenda que os russos paguem as despesas legais geradas pelo escândalo, já que muitos processos foram abertos na Justiça em consequência das acusações.
– “Eu espero que eles cumpram as exigências até o fim deste ano (2018), mas não posso afirmar nada além disso”. – disse Rune Andersen, que dirige a força-tarefa da IAAF escolhida para lidar com o caso. Segundo Rune, não há garantias de que os dados cheguem diretamente à IAAF e o mais provável, é que a Federação Russa de Atletismo recorra à WADA. Sendo assim, o prazo final estabelecido pela Agência Mundial Antidoping seria 31 de Dezembro de 2018.
A decisão indica que os atletas russos não poderão competir pela bandeira do seu país no Campeonato Europeu de Pista Coberta, marcado para Fevereiro, em Glasgow. 72 atletas russos disputaram como atletas neutros o Campeonato Europeu de Berlim, em agosto deste ano.
Dmitri Shliajtin, presidente da Federação Russa de Atletismo, reconheceu ser necessário mais tempo para a readmissão pela IAAF. Segundo ele, a Federação não pode decidir sobre o acesso ao laboratório de Moscovo, que foi selado pelo Comité de Instrução da Rússia, no âmbito de uma suspensão imposta pela IAAF.
“De qualquer forma, esperamos que mais cedo ou mais tarde todos os critérios sejam cumpridos”, disse Shliajtin.