A principal tarefa do ferro é combinar-se com um complexo proteico para formar a hemoglobina, uma proteína especial responsável pela cor vermelha característica das hemácias, ou glóbulos vermelhos. A hemoglobina transporta o oxigénio dos pulmões para os tecidos através do sangue.
O ferro também é utilizado para a formação da mioglobina, apenas presente no tecido muscular. A mioglobina transporta oxigénio para as células musculares, participando assim na reação química responsável pela ação de contração e relaxamento dos músculos. Um praticante do treino de força ou um culturista está constantemente a destruir e a construir o seu tecido muscular. Este processo pode requerer um suprimento maior de ferro, mineral essencial para a saúde humana. A perda de ferro parece ser ainda maior com a prática de exercícios aeróbicos ou desportos em que ocorre um alto impacto dos pés no chão, como a corrida, caminhada e danças aeróbicas.
As mulheres que praticam exercício físico durante mais de 3h/semana também estão mais expostas à deficiência de ferro, assim como as que estiveram grávidas nos dois últimos anos ou as que consomem menos de 2.200 cal/dia. A carência de ferro pode prejudicar o desempenho físico e muscular. A carência extrema deste mineral pode provocar a anemia ferropriva, ou seja, uma diminuição do número de glóbulos vermelhos por deficiência de ferro, caracterizada por uma concentração de hemoglobina abaixo das faixas normais.
O treino atlético tende a diminuir as reservas deste mineral por muitas razões, como o stresse físico e a lesão muscular. Outra causa de baixa concentração de ferro é a ingestão inadequada de alimentos ricos deste mineral.
Estudos sobre a alimentação de mulheres atletas, mostram que elas precisam de uma quantidade maior de ferro do que a dose diária, para compensar as perdas ocasionadas pelo exercício. Outras possíveis razões para a diminuição da concentração do mineral são as perdas que ocorrem no trato gastrointestinal, as perdas com o suor e a menstruação.