O queniano Eliud Kipchoge deu uma interessante entrevista ao jornal espanhol “Marca” da qual retiramos alguns aspetos mais interessantes.
Recordista mundial da maratona em Berlim com 2.01.39, definiu essa prova como uma “corrida perfeita”. Aos 34 anos e embora ainda esteja na pré-temporada, não apresenta uma grama de gordura.
O seu principal objetivo para esta época passa pelo triunfo na maratona de Londres no próximo mês de Abril. A sua rotina mantém-se igual. Levanta-se muito cedo, vai correr, toma o pequeno-almoço e vai à sessão de massagem. Depois, almoça, volta a treinar e vai dormir. Faz também ginásio e bastante trabalho anaeróbico.
Passando muito tempo afastado da família, afirma que “é bom para a concentração e para trabalhar em equipa. O desporto não é algo individual. Afastado da família, é um sacrifício mas algo necessário para poder chegar onde cheguei”.
A barreira das duas horas
Questionado qual o limite da maratona, Kipchoge não crê em limites. “Tudo se pode alcançar na vida. Com a quantidade de milhões de pessoas que somos no mundo, claro que se pode baixar das duas horas. Alguns desses jovens que existem no planeta, acabarão por consegui-lo. Estou convencido”.
Regresso a Nairobi
Par se concentrar, gosta de ouvir Kelly Clarkson, um cantor norte-americano. E como figura pública que é, não costuma ser fácil passear na sua cidade. “Às vezes, posso andar tranquilamente mas já entrei no supermercado e todo o mundo foi cumprimentar-me. Foi uma experiência bastante graciosa, diria louca”.
Quando se retirar, Kipchoge gostaria de viajar pelo mundo para poder transmitir a mensagem do desporto.
Treinos a 6m/km
Como é possível treinar-se a 6m/km muitas vezes, quando se está preparando para bater o recorde mundial? Kipchoge responde. Esses treinos são longos e a esse ritmo. Mas isso são sessões de recuperação depois de um treino muito rápido. Ainda que sejam distâncias muito longas, fazemo-lo para que os músculos se recuperem”.