A polémica decisão adotada recentemente em Doha pelo Conselho da IAAF de excluir da Liga Diamante, distâncias superiores aos 3.000 metros, tem sido alvo de muitas críticas. A Federação Etíope de Atletismo, presidida pela ex-atleta Derartu Tulu, dupla campeã olímpica dos 10 mil metros, já apresentou um protesto formal enviando uma carta a Sebastian Coe.
A Federação Etíope recordou na carta que já tinham sido suprimidos os 10 mil metros da Liga Diamante e “agora, os 5.000, o que não é justo para países como os nossos, muito competitivos em provas de fundo, que formam parte da nossa cultura e da nossa identidade”.
Agora, chegou a vez de Eliud Kipchoge pronunciar-se publicamente. O queniano começou a sua brilhante carreira nos 5.000 metros, ganhando uma medalha de ouro no Mundial de Paris em 2003, com apenas 18 anos, ao derrotar o marroquino Hicham El Guerrouj e o etíope Kenenisa Bekele. Um ano depois, foi bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas.
“Os 5.000 foram cruciais na minha carreira e ajudaram-me a converter-me no atleta que sou hoje. Espero que os futuros atletas tenham a possibilidade de seguir o mesmo caminho que eu segui”, disse o atual recordista mundial da maratona.
Kipchoge não menciona em algum momento a Liga Diamante mas é evidente que ele critica veladamente a decisão da IAAF.