2019 foi uma cópia de 2018 no que diz respeito aos vencedores. João Ferreira (Estoril Praia Credibom) venceu em 4.17.39 e Ana Filipa Santos (Rio Maior Triatlo Clube) em 4.51.55 que melhorou assim o recorde do percurso que já lhe pertencia com 4.53.54.
À saída do segmento de ciclismo, o avanço de João Ferreira era de 2m57s, tendo-se cifrado na meta em 5m50s sobre Márcio Neves (PAC-Peniche Amigos Clube) e 8m27s de Carlos Galego (Diablillos de Rivas).
Em femininos, Ana Filipa iniciou o segmento de corrida já com 17m15s de avanço da segunda, Liliana Veríssimo (N. Sportinguista Golegã). A vencedora consolidou o seu avanço na meia maratona final, terminando distanciada 22m57s de Liliana com Susana Mateus (Repsol GDCT) a fechar o pódio a 44m07s. João Campos foi o último com 7.53.04.
Excelente organização
Se organizar uma maratona de estrada já é uma tarefa complicada, que dizer de um Triatlo Longo (1,9 km natação, 90 km ciclismo e 1/2 maratona atletismo)?
Cerca de 250 pessoas colaboraram na organização que mereceu os maiores elogios dos participantes.
Hugo Sousa, responsável-mor pela prova, era naturalmente um homem satisfeito no final. “Foi positivo, bateu-se o recorde de inscritos e chegados, também o recorde de mulheres e estrangeiros. Aqui a Câmara Municipal apoia muito o evento”.
Os atletas queixaram-se do nevoeiro que atacou particularmente a Serra da Arrábida, com algumas partes bastante escorregadias e perigosas que originaram algumas quedas.
Valor de mais de 2 milhões no parque de bicicletas!
Como é natural, quem participa neste tipo de provas, fá-lo com bicicletas de qualidade.
Hugo de Sousa estimou em mais de 2 milhões de euros o valor das cerca de 700 bicicletas, a uma média de 3 mil euros, cada uma. Mas houve um finlandês que se apresentou com uma bicicleta que vale 15 mil euros. E houve rodas que valem 3.000 euros!
Para prevenir eventuais problemas, cada atleta foi fotografado com a sua bicicleta a entrar no parque onde elas passaram a noite. É que já aconteceu (pelo menos no estrangeiro) quem entrasse no parque com uma bicicleta e dissesse depois que afinal, aquela não era a sua, que era muito mais cara…
Recorde de participantes
Reflexo da qualidade da prova, ela tem vindo a crescer ano após ano. Depois dos 337 classificados em 2017 em 409 inscritos, tivemos 482 no ano passado em 609 inscritos. Agora, os números subiram para 621 classificados em 802 inscritos. Destes, mais de uma centena não compareceu e houve cerca de 50 que começaram mas não terminaram a prova.
HANNA JESUS/ESTORIL PRAIA CREDIBOM
Tem 41 anos e é terapeuta. Faz triatlo há dois anos e participa ocasionalmente em provas de estrada. Costuma fazer exames médicos de rotina e tem cuidado com a alimentação. Teve uma lesão no último ano e quanto aos percursos, achou o da serra muito difícil. Classificou a organização como “muito boa” e a prova correspondeu às suas expetativas. “Sim, acabei!”. Foi a 7ª senhora com 5h39m49s.
LUÍS SANTOS/ALHANDRA SC
Tem 48 anos e é técnico de laboratório. Faz triatlos desde 2012 e participa em algumas provas de estrada, mais com 10 km. Costuma fazer exames médicos de rotina mas não tem cuidado com a alimentação. Nunca foi visitado pelas lesões. Quanto aos percursos, achou-os giros. “Já estive cá há dois anos, a Arrábida foi duro e esteve nevoeiro na serra”. Classificou a organização com “5 estrelas”. Fez um pouco acima das suas expetativas pois queria fazer até 5h30m. Terminou em 309º lugar com 5h43m07s.
FERNANDA SANTINHA/CLUBE ORIENTAL DE LISBOA
Tem 46 anos e é professora. Faz triatlo há 12 anos e ainda participa em provas de estrada. Faz exames médicos de rotina e tem cuidado com a alimentação. Não teve lesões no último ano e gostou muito dos percursos. Mas “a água estava muito fria!”. Gostou muito da organização e ficou satisfeita com a sua prova. “Consegui o meu objetivo, fazer menos de 6 horas”. Foi a 13ª senhora com 5h52m57s.
JOÃO SILVA/ESTORIL PRAIA CREDIBOM
Tem 39 anos e é mecânico. Faz triatlo há 4/5 anos e participa também em provas de estrada. Faz exames médicos de rotina e tem cuidado com a alimentação. Teve uma lesão no último ano. Achou os percursos muito difíceis. “Na natação, apanhámos a maré um pouco contra e a serra era muito difícil”. Gostou da organização, tendo sido o 173º da geral com 5h18m16s.
JOANA CREISSAC/ACADEMIA S. MAMEDE INFESTA TRIATLO
Tem 37 anos e é massagista. Faz triatlo há 13 anos e também participa em provas de estrada. Faz exames médicos de rotina e tem cuidado com a alimentação. Não teve lesões no último ano e achou os percursos fantásticos. “A serra é muito bonita ma difícil”. Classificou a organização com “5 estrelas”. A prova esteve dentro das suas expetativas, embora pensasse demorar um pouco menos. Foi a 17ª senhora com 6h03m31s.
RESULTADOS III SETÚBAL TRIATHLON (14/04)
Masculinos
1º João Ferreira (Estoril Praia Credibom) 4.17.39; 2º Márcio Neves (PAC-Peniche Amigos Clube) 4.23.29; 3º Carlos Galego (Diablillos de Rivas) 4.26.06; 4º Sérgio Dias (CNA TRIL) 4.29.43; 5º Mikael Eiksson (Sporting CP) 4.29.57; 6º David Caldeirão (Louletano) 4.33.00; 7º João Bragadeste (CP Armada) 4.33.30; 8º André Duarte (OutSystems Clube Olímpico de Oeiras) 4.33.47; 9º Juan Olmo (Triaworld Mountain) 4.34.32; 10º Rui Narigueta (OutSystems Clube Olímpico de Oeiras) 4.37.03
Femininos
1ª Ana Filipa Santos (Rio Maior Triatlo Clube) 4.51.55; 2ª Liliana Veríssimo (N. Sportinguista Golegã) 5.14.52; 3ª Susana Mateus (Repsol GDCT) 5.36.02; 4ª Monica Diaz (Indiv.) 5.36.59; 5ª Sara Sá (Louletano) 5.38.07; 6ª Tina Roschmann (CCD Intermarché Lagos-Triatlo) 5.39.17; 7ª Hanna Sousa (Estoril Praia Credibom) 5.39.49; 8ª Susana Freitas (Indiv.) 5.41.35; 9ª Rita Monteiro (Serul) 5.43.04; 10ª Hélia Santos (SFRAA Triatlo) 5.43.26