Hélder Pinto e Ana Paula Santos foram este ano os anfitriões da 33ª Volta Pedestre ao Minho, este ano disputada entre 5 e 8 na região de Miranda do Corvo.
Para quem não está dentro da história da Volta, estranhará como sendo ela do Minho, se disputou este ano em Miranda do Corvo. A origem da Volta está naturalmente no Minho, tendo as primeiras edições sido realizadas durante nove dias, com etapas de manhã e à tarde. Houve depois um hiato e quando se voltou a realizar, passou a um novo formato, de quatro dias a partir da primeira 5ª feira de Setembro. E em vez de continuar a ser sempre no Minho, decidiu-se visitar uma região diferente em cada ano, mediante proposta de qualquer membro da Volta.
Foram quatro dias muito animados, com momentos para todos mais tarde recordarem. Hélder Pinto e Ana Paula, tudo fizeram para que a Volta fosse um êxito. Conseguiram-no conforme ficou demonstrado na prolongada salva de palmas no almoço/despedida.
Os participantes foram brindados com seis etapas, entre os 10 e os 12,5 km. Quem optou pelas caminhadas, teve entre 5 e 7,5 km. O programa do último dia foi alterado, sendo a etapa de 15 km substituída por uma caminhada entre o castelo da Lousã e a aldeia de Talasnal e regresso ao local de partida.
Percursos muito duros
Quanto aos percursos, houve uma ou outra situação com atletas perdidos por terem falhado as marcações mas venha a primeira Volta ao Minho onde ninguém se perca. A nossa única crítica tem a ver com a dureza e perigosidade de vários percursos, mesmo os das caminhadas. Boa parte da família da Volta já está na casa dos 70 anos ou quase a chegar lá. E pouco habituado a correr em trails, a exigir outro tipo de esforço como andar-se agarrado a cordas. Este é um importante pormenor a ter em conta em futuras edições.
Muito convívio
Não sendo as etapas competitivas, predomina o companheirismo e a entreajuda nas etapas, com a maior parte dos participantes a optar por correr em pequenos grupos.
Merece ainda destaque a visita ao Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, uma agradável surpresa e que recomendamos a todos aqueles que visitem a região.
No total, tivemos 90 inscritos, com a maioria a participar desde o primeiro dia. Joaquim Viana foi o mais velho, com 78 anos mas a vender saúde. Se a maioria é sexagenária/septagenária, merece uma referência a participação das netas de Armando Silva, Marinho Beto e João Marques. Mas a grande “vedeta” deste ano foi Fernando Fachadas que ao fim de 12 anos de ausência, apareceu de surpresa na manhã de sábado e por lá andou até domingo.
Póvoa do Varzim em 2020
Não foi fácil arranjar alguém quem organizasse a Volta do próximo ano. Mas João Marques deu o passo em frente e será assim, um regresso à Póvoa do Varzim. Para 2021, Joaquim Martins ofereceu-se, pelo que durante dois anos, a Volta está assegurada.