O polaco Pawel Fajdek foi a grande figura do 7º dia do Mundial de Doha, ao somar o seu quarto título mundial consecutivo do martelo, com 80,50 e nada menos que os quatro melhores ensaios do concurso: 79,34-80,16-79,37-80,50, seguidos de dois nulos. O francês Quentin Bigot foi 2º com 78,19 e o húngaro Bence Halász fechou o pódio com 78,18.
Depois de ser segunda nos 100 m, a britânica Dina Asher-Smith sagrou-se folgada campeã dos 200 m com um novo recorde nacional de 21,88 (menos um centésimo que a sua marca vitoriosa no Europeu de Berlim’2018). Derrotou a norte-americana Brittany Brown (22,22) e a suíça Mijinga Kambundji (22,51).
Surpresa nos 110 m barreiras, prova na qual Omar McLeod, campeão olímpico e mundial, acabou desclassificado e o espanhol Orlando Ortega, vice-campeão olímpico, foi parar a quinto. Acabou por triunfar o norte-americano Grant Holloway (13,10), seguido do russo Sergey Shubenkov (13,15) e do francês Pascal Martinot-Lagarde (13,18).
Entretanto, a britânica Katarina Johnson-Thompson, com 4138 pontos, lidera o heptatlo, seguida da belga Nafissatou Thiam (4042), e o canadiano Damian Warner é o primeiro no decatlo, com 4513 pontos, contra 4486 do seu compatriota Pierce Lepage e 4483 do francês Kevin Mayer, campeão mundial e vice-campeão olímpico.
Irina e Liliana muito aquém
As duas atletas portuguesas que atuaram esta quarta-feira estiveram muito aquém da sua valia na qualificação do disco, ficando longe da final, atingida com 62,25 (marca da 12ª e última apurada). Irina Rodrigues fez dois nulos e apenas marcou no 2º ensaio, com 56,21, sendo 23ª classificada entre 30 concorrentes. Liliana Cá lançou 52,89, 51,36 e 54,31, terminando na 26ª posição. A melhor marca foi conseguida pela cubana Yaimé Pérez, que lançou a 67,78 no único ensaio realizado. Fez quase dois metros mais que a sua compatriota Denia Caballero (65,86), a segunda da qualificação.
Nas restantes eliminatórias e qualificações, as melhores marcas pertenceram à jamaicana Danniel Thomas-Dodd no peso (19,32); a Steven Gardiner (Bahamas), nas meias-finais de 400 m (44,13); e à norte-americana Sydney McClaughlin nos 400 m barreiras (53,81).
No meio-fundo feminino, a holandesa Sifan Hassan, já campeã de 10000 m, optou pelos 1500 m e ganhou a eliminatória com 4.03,88, enquanto a queniana Hellen Obiri foi a melhor nas meias-finais de 5000 m, com 14.52,13.
Uma nota ainda para a presença de duas atletas dos PALOP’s que competem em Portugal (tendo a dupla nacionalidade) e que estiveram nas eliminatórias de 1500 metros, sendo últimas nas respetivas séries, bem aquém das marcas que valem: a cabo-verdiana Carla Mendes (J. Vidigalense) gastou 4.23,56 e a angolana Neide Dias (Benfica) 4.28,27.
Francisco Belo e as triplistas últimos a entrar em ação
Os últimos atletas nacionais a entrar em ação serão Patrícia Mamona, Susana Costa e Evelise Veiga, na qualificação do triplo (às 14.40 h) e Francisco Belo, na qualificação do disco (18.40 h), todos eles esta quinta-feira, tentando lugares entre os 12 finalistas da respetiva prova, tarefa que não é fácil. Neste sétimo dia do Mundial, e para além de terminarem as provas combinadas, realizar-se-ão as finais de peso (F), às 20.35 h, e 400 m (F), às 21.50 h.