A Federação Russa de Atletismo (FRA) anunciou este domingo que suspenderá por três anos os atletas que violem as regras antidoping.
“A partir de 10 de Abril, tudo será mais restrito e castigar-se-á qualquer violação das regras antidoping, incluindo a violação das regras de acessibilidade e as infrações relacionadas com o consumo de substâncias proibidas, incluídas nas listas”, disse num comunicado, Eduard Bezuglov, presidente do comité antidoping da Federação.
Bezuglov sublinhou que todo o atleta ou funcionário que viole as regras, será suspenso por um espaço de três anos, durante o qual, não poderá fazer parte da seleção nacional ou exercer um cargo de responsabilidade na FRA.
“Três anos, segundo o meu ponto de vista, é um prazo suficiente. Estas novas medidas são tomadas para reforçar a responsabilidade de quem trabalha agora no atletismo. E o importante, é que queremos que essa responsabilidade não seja de palavra mas de obra”, acrescentou o dirigente.
Em medos de Março, a World Athletics divulgou uma série de condições para o regresso da FRA, entre elas, a criação de uma Comissão de Reabilitação que estará integrada por pelo menos, dois membros da Comissão de Atletas e contará com a presença dos especialistas internacionais. A dita Comissão deverá elaborar um plano de “tolerância zero” para com o doping.
O novo presidente da FRA, Yevgueni Yúrchenko, enviou no passado 2 de Março ao presidente da World Athletics, Sebastian Coe, uma carta em que admitia a culpa da Rússia no caso Lysenko.
Em Novembro passado, a AIU tinha denunciado que altos funcionários russos haviam mentido e falsificado documentos quando tiveram de justificar o paradeiro de saltador Danil Lysenko, quando este devia ter-se submetido a controlos antidoping surpresa.
Por esse motivo, o então presidente da FRA, Dmitri Shaliajtin demitiu-se do cargo. A Agência Mundial Antidoping castigou a Rússia com quatro anos de suspensão.