Quando o desporto se encontra parado em quase todos os países e há poucas possibilidades de realizar testes antidoping, o presidente da Agência Mundial Antidoping (AMA) quer convencer os governos a aumentar os fundos para detetar os batoteiros.
“Com um orçamento de 36 milhões de dólares (em 2019), menos que o orçamento de uma pequena equipa de futebol, parece ridículo”, disse ontem à The Associated Press, o presidente da AMA, Witold Banka. “Necessitamos de fazer tudo o que for possível para aumentar o orçamento das políticas antidopagem e claro, quero que os governos deem uma contribuição adicional para investigações, ciência e projetos educativos”.
Banka, ex-ministro dos Desportos e Turismo da Polónia, acrescentou que quer pedir novos apoios aos patrocinadores e ao Comité Olímpico Internacional.
A AMA e outros organismos antidopagem têm aproveitado a paragem do desporto para focarem-se em novas tecnologias. A Agência está trabalhando em inteligência artificial para analisar o rendimento dos atletas e começar a avaliar manchas secas de sangue dos desportistas.
Banka advertiu os batoteiros que a atual ausência de provas não implica que não possam ser apanhados. “O Covid-19 não é um momento para fazer trampa”, disse. “Se alguns batoteiros acreditam que este é o momento e lugar para eles, quero adverti-los que os apanharemos utilizando os métodos disponíveis”.