O Grupo de Investigação Sistemas de Modelação e Planeamento (MaPS) do CICS.NOVA/NOVA FCSH e o Grupo de Investigación Social y Educativa de la Actividad Física y del Deporte (GISEAFE) do INEFC/UdL apresentou o estudo ibérico “Impacto do COVID-19 nos desportos de ar livre”, no qual participaram 2.310 portugueses (72% do sexo masculino) e apenas 468 espanhóis.
O questionário foi feito entre 30 de Abril e 8 de Maio. Vamos apenas referir-nos aos dados portugueses, com uma ou outra exceção espanhola.
Assim, a média de idades foi de 42 anos. 57% deles, trabalha por conta de outrem e 20% são funcionários públicos.
Perfil desportivo
A maioria (879) faz running e trail running (761). Treina maioritariamente 2/3 vezes por semana (4/6 em Espanha). 43,3% faz exames médicos, uma percentagem largamente inferior aos espanhóis (65,6%).
Dos 2.310 inquiridos, 2.045 usam GPS. Correram 2.445 km em 345 horas. Já os espanhóis correram mais: 2.810 km em 408 horas.
Impacto direto do coronavírus nos desportos ao ar livre
66% dos portugueses ficaram afetados com o coronavírus (63% em Espanha). 61% deles treina com menos frequência/duração; 16% sem alteração; 14% não treina e 9% com maior frequência/duração.
Locais de treino
Indoor e Outdoor: 39%; Sem alteração: 28%; Passaram a indoor: 26%; passaram a outdoor: 6%
Tivemos ainda 26,2% deles a comprar equipamentos de treino.
Impacto nas provas
Dos 2.310, tivemos 2.085 que reconheceram ter ficado afetados. Participaram em 2,8 provas em Janeiro e Fevereiro e viram 2,2 provas canceladas (até à data do inquérito). Para este ano, têm previsto a participação em 10,9 provas.
A pandemia teve um impacto económico de 33% e 37% das inscrições não são reembolsáveis.
Atividade pós pandemia
94% deseja manter a atividade. 24% deseja manter, ainda que com alterações.
Capacidade física
Ligeiramente afetado: 58%; muito afetado: 22%; nada afetado: 19%; NS/NR: 1%
Capacidade técnica
Ligeiramente afetado: 56%; muito afetado: 17%; nada afetado: 25%; NS/NR: 2%
Exposição ao perigo
A grande maioria (1.200) mostra-se mais ou menos preocupada; 866 deles tem grande preocupação e 242 preocupa-se pouco.
1.100 acha que vai mudar alguma coisa e mil acha que vai mudar muito.
Regresso à normalidade
Quanto ao regresso à normalidade, a maioria pensa que vai demorar quatro meses nos treinos e oito meses nas competições.
Quem desejar consultar a informação completa deste estudo, pode fazê-lo em: https://arcg.is/0qrb1