O Grand Slam Track de Michael Johnson pretende revolucionar o atletismo mundial. Com a sua estreia marcada para 2025, colocou em alerta a Liga Diamante, que tem feito várias alterações a nível dos prémios e calendário para não ser ofuscada pelo novo circuito.
Este novo circuito, que terá quatro meetings, o primeiro deles em Los Angeles e os outros três em locais a definir, pretende reunir os melhores atletas mundiais de elite, dispondo para isso, de um orçamento que ronda os 30 milhões de dólares e que tem como principal patrocinador, a Winners Alliance, multinacional atualmente dedicada à transformação dos direitos e do marketing dos atletas e que nasceu em 2022 como suporte da Associação de Tenistas Profissionais (ATP).
Os prémios são atrativos, pois o vencedor de cada disciplina em cada evento levará para casa cem mil dólares, valor que diminuirá dependendo da sua posição na competição, até dez mil dólares para o oitavo classificado.
O surgimento deste Grand Slam, que não aceitará “lebres” nas provas e não terá concursos, distribuirá os atletas em vários grupos, de tal forma que todos terão que competir duas vezes, uma por prova, durante os três dias das competições.
As provas são divididas em sprints curtos (100 e 200 m), sprints com barreiras (110 m barreiras), sprints longos (200 e 400 m), sprints longos com barreiras (400 m barreiras), distância curta (800 e 1.500 m) e longa distância (3.000 e 5.000 m).
Os atletas de elite selecionados pela Organização assinarão um contrato anual que os comprometerá a competir nos quatro Grand Slams do ano além de terem que divulgar a Liga através dos seus diferentes perfis de público.
Desde o seu lançamento mundial, em abril de 2024, o Grand Slam Track já anunciou uma boa lista de atletas que farão parte da competição no próximo ano. Nessa lista, estão os sprinters norte-americanos Fred Kerley e Kenny Bednarek; o barreirista brasileiro Alison dos Santos; o meio-fundista britânico Josh Kerr; a campeã olímpica dos 400 m barreiras, Sydney McLaughlin-Levrone; os norte-americanos Quincy Hall e Matthew Hudson-Smith e o zambiano Muzala Samukonga, todos nos 400 m; os norte-americanos Yared Nuguse e Cole Hocker nos 1.500 m; a porto-riquenha Jasmine Camacho-Quinn, a norte-americana Masai Russell e a francesa Cyrena Samba-Mayela, todas nos 100 m barreiras; a norte-americana Melissa Jefferson nos 100 m.
Dado o surgimento do Grand Slam, a Liga Diamante não demorou a mexer-se, procurando neutralizar o seu novo concorrente.
A primeira decisão, anunciada em 18 de setembro, foi aumentar os prémios monetários até 2025 para os níveis mais elevados da história, acima dos nove milhões de dólares, o que é quase mais um terço do que o valor pago durante o período afetado pela pandemia de 2021 a 2024. Desta forma, a Liga Diamante estima o valor para o próximo ano em 9.240.000 dólares.
Somando-se a este valor, incluindo taxas promocionais para atletas de elite, um total de cerca de 18 milhões de dólares serão pagos aos atletas ao longo da época de 2025 e muitos outros milhões serão investidos em serviços aos atletas, como viagens e transporte, acomodação e alojamento, prestação de serviços médicos e fisioterapia.
Sob a nova estrutura, o prémio monetário total concedido será de 500.000 dólares em cada um dos 14 meetings da série regular e de 2.240.000 dólares na final da Liga Diamante. O prémio monetário total por disciplina ficará entre 30.000 e 50.000 dólares nos meetings da série e entre 60.000 e 100.000 dólares na final. Os prémios monetários são iguais para homens e mulheres.