Um honroso 3º lugar de Lecabela Quaresma – embora a mais de 300 pontos da sua recente melhor marca! – e um 6º lugar de Samuel Remédios, com um novo recorde pessoal que o deixou a três escassos pontos de Nuno Fernandes, terceiro do ranking nacional de sempre, foram pontos altos da presença portuguesa na I Liga do Campeonato da Europa de Seleções de Provas Combinadas, em Monzón (Espanha). Mas não impediram a (natural) descida de Portugal à II Liga, devido ao 7º posto coletivo alcançado.
Lecabela Quaresma conseguiu um honroso 3º lugar, mas os seus 5861 pontos sabem a pouco tendo em vista os recentes 6174 que obteve. Ela seria 4ª na Superliga, em Tallin, e fez melhor que todas as concorrentes à II Liga, realizada também em Monzón. Das sete provas, apenas melhorou no dardo, de 37,18 para 37,69 e na segunda jornada ficou longe do que obtivera no comprimento (5,86 com vento a +2,7 contra 6,06) e nos 800 m (2.16,28 contra 2.11,03).
Rafaela Vitorino foi 24ª com 5127 pontos, aquém dos 5224 pontos já obtidos esta época e do seu recorde pessoal de 5347 pontos (em 2015). Na 2ª jornada, obteve 5,64 no comprimento, 23,73 no dardo e 2.18,34 nos 800 m
Quem tem mais razões para sorrir é Catarina Fernandes, 24ª com 5127 pontos, marca que melhora os 4992 pontos ventosos que conseguira na sua estreia na especialidade e que a colocam desde já como quinta júnior nacional de sempre. Marcas do 2º dia: 5,72 – 29,68 – 2.28,96.
Já Samuel Remédios pôde festejar finalmente um recorde pessoal, ao progredir nove pontos (7378) relativamente à marca que já datava de 2014 (7369). Continua a ser o quarto português de sempre, agora a escassos três pontos do 3º, Nuno Fernandes. Lidera Mário Aníbal, com 8213 pontos, seguido de Tiago Marto, com 7624.
O atleta do Benfica melhorou em quatro provas (e fez a mesma marca na altura) relativamente ao seu anterior decatlo-recorde, batendo o recorde pessoal na vara, de 5,00 para 5,10. Vejamos, prova a prova, as marcas dos dois decatlos (2014 e este) e os seus recordes pessoais:
2014 2017 RP
100 m 10,68 11,01 10,68
Comp. 7,29 7,16 7,42
Peso 11,80 13,08 13,11pc
Altura 1,92 1,92 2,00pc
400 m 51,63 50,75 50,00
110 b 14,37 14,69 14,23
Disco 37,79 34,91 39,76
Vara 4,60 5,10 5,10
Dardo 43,18 43,71 44,00
1500 m 4.42,88 4.53,24 4.42,88
TOTAL 7369 7378
Samuel Remédios seria 11º na Superliga e 3º na II Liga.
Pedro Ferreira foi 24º com 6324 pontos, um novo recorde pessoal (tinha 6153 esta época)… apesar de ter tido ventos contrários nas três provas em que eles influenciam, num total de -4,3 m/s! Na 2ª jornada obteve as marcas de 15,73 nas barreiras, 29,34 no disco, 4,00 na vara, 41,87 no dardo e 4.47,82 nos 1500 m. Já Tiago Boucela, ao não pontuar na vara (falhou a altura inicial a 3,30), acabou por cair para o 25º lugar, com 5928 pontos, longe dos 6463 que tem como melhor em 2015. Os 3,75 que obteve esta época em pista coberta teriam sido suficientes para melhorar (à tangente) o recorde pessoal. Obteve ainda 16,70 nas barreiras, 35,72 no disco, 44,95 no dardo e 4.28,41 nos 1500 m.
Com um total de 35.731 pontos (o pior dos últimos quatro anos, quando as pontuações passaram a ser conjuntas masculinos+femininos), Portugal foi 7º, apenas à frente da Roménia (31861 p), tendo sido ultrapassado pela Itália (36609). Triunfou a Holanda (39.386), seguida da Espanha (39.153) e as vitórias individuais pertenceram ao espanhol Jorge Ureña, o único acima dos 8000 pontos (8121), e à holandesa Nadine Broersen, com 6326 pontos.
Ucrânia ganhou a Superliga
Na Superliga, realizada em Tallin, triunfou a Ucrânia, seguida da Estónia e da França. Individualmente, ganharam o estónio Janek Oiglane, com 8170 pontos, e a ucraniana Alina Shukh, com 6208 pontos.