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Emanuel Rolim, cada vez menos especialista, liderou o ranking
Entra-se no meio-fundo e a crise é manifesta, começando logo nos 800 metros. Embora a média dos 10 melhores tenha sido ligeiramente melhor que a de 2016 (1.50,92 contra 1.51,02), desde 1979 (há 38 anos!) ela só é melhor que as de 2013 e 2016! E a média dos 20 melhores, que ficou ligeiramente aquém da de 2016 (1.52,17 contra 1.52,07), só supera a de 2011 desde… 1980!
Emanuel Rolim, embora cada vez mais virado para as distâncias superiores, foi o melhor e a esperança reside em alguns jovens que começaram a dar nas vistas…
O PÓDIO
1º EMANUEL ROLIM (BENFICA)
São dele as duas melhores marcas do ano, que aliás superam aquele que era, desde 2013, o seu recorde pessoal (1.49,63): conseguiu 1.49,10 na Polónia e 1.49,18 no Meeting do Benfica. Mas foi apenas 10º no Europeu de Seleções.
2º MIGUEL MOREIRA (BENFICA)
Embora ainda longe do seu melhor (1.47,96 em 2014), sagrou-se campeão de Portugal e baixou (embora à tangente) duas vezes de 1.50 (1.49,95 e 1.49,99), algo que só ele e Rolim conseguiram.
3º SANDY MARTINS (SPORTING)
Continua longe dos prometedores 1.47,74 de 2014, quando se revelou. Conseguiu 1.49,71 e sagrou-se campeão nacional de pista coberta.
E AINDA…
Ainda abaixo de 1.50 esteve o cabo-verdiano Samuel Freire (1.49,94). João Fonseca (1.49,95 em pista coberta, em 2015) aproximou-se do seu melhor (1.50,00) e foi terceiro no Campeonato de Portugal, a seguir a António Rodrigues, que apareceu pouco.
A REVELAÇÃO: MARCELO PEREIRA (NA TAIPAS)
Campeão nacional de juvenis e juniores, foi uma agradável surpresa, chegando a 1.53,39 e 1.53,47. Mas também são de referir o campeão nacional sub’23 Bruno Silva, que progrediu de 1.53,31 para 1.50,85, e os juniores António Moura (1.53,74-1.51,25) e Diogo Pinhão (1.52,64-1.51,99), abaixo de 1.52, e ainda José Barbosa, radicado na Suiça (1.52,32-1.52,08) e Luís Monteiro (1.55,15-1.52,33). O futuro parece melhor que o presente…
… e aqui o ranking mais aprofundado