Os Paralímpicos tornaram-se a tábua de salvação para o refugiado sírio Najib Alhaj Ali. A guerra na Síria obrigou-o a refugiar-se na Europa. Chegou à Grécia juntamente com a família para fugir à violência, mas uma lesão na medula espinal deixou-o numa cadeira de rodas. “Estávamos a caminho da cave quando uma bomba atingiu o segundo andar da casa e fiquei ferido” afirma Najib.
“Antes de Najib ter começado a treinar, magoava toda a gente. Estava sempre cansado. Com os treinos, tornou-se de novo ativo” refere o pai, Talal Alhaj Ali.
Os treinos decorrem ao abrigo de um projeto-piloto Paralímpico patrocinado pelo Comité grego, pela Fundação AGITOS e pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Vasilis Kalyvas, treinador do Comité Paralímpico da Grécia, acredita que o atleta está no bom caminho. “A mãe disse-me que ele mudou desde que começou a treinar. Está apenas concentrado no que está a fazer e tem sonhos ligados ao desporto para o futuro. É uma oportunidade para que estas crianças possam esquecer a experiência traumática por que passaram”.
Mais do que esquecer o passado, o atleta de 13 anos quer concentrar-se no futuro e nas portas que este projeto pode vir a abrir.