De acordo com uma investigação da empresa de comunicação espanhola Relevo, a Agência Mundial Antidopagem (WADA) terá permitido que a Espanha tivesse vários testes antidoping positivos sem consequências para os atletas. Além disso, a Agência Nacional Antidopagem Espanhola, CELAD, teria sido alegadamente cúmplice.
A Revista Atletismo publicou a notícia sobre este tema que pode ser consultada em https://revistaatletismo.com/wp-admin/post.php?post=56863&action=edit
Na sequência da denúncia da Relevo, James Fitzgerald, da Agência Mundial Antidoping, fez a seguinte declaração:
“…A AMA está bem ciente das questões em curso relacionadas com a Organização Nacional Antidopagem de Espanha (CELAD) e está a monitorizar de perto as suas atividades para garantir que estão em conformidade com o Código Mundial Antidopagem. Como parte disso, podemos confirmar que há uma série de ações corretivas pendentes que precisam de ser abordadas pelo CELAD com urgência. O não cumprimento desta recomendação resultará no início de um procedimento de conformidade contra ela, conforme o processo usual de conformidade do Código. A WADA garantirá sempre que a CELAD – e todas as Organizações Antidopagem – processem os casos, quando apropriado, ao abrigo do Código. Atrasos indevidos no tratamento dos casos não serão tolerados.”
Há décadas que a Espanha vem sendo alvo de críticas internacionais, pela sua cumplicidade no doping. O fiasco da ‘Operación Puerto’, em que apenas a Itália sancionou o ciclista Alejandro Valverde, aumentou a sua reputação de um país que não é tolerante com estas práticas, mas sim cúmplice delas. Em 2016, a Agência Mundial Antidopagem sancionou a Espanha por não cumprir as regras internacionais antidopagem.