A sprinter norte-americana Allyson Felix criticou duramente a Nike em artigo publicado no jornal “The New York Times” na última quarta-feira. A atleta acusou a marca de discriminar atletas que tiram licença de maternidade, como foi o seu próprio caso. Ela afirmou que teve os valores do seu contrato com a fornecedora de material desportivo, reduzidos em 2018 depois de ter sido mãe da sua filha Camryn.
Allyson, de 33 anos, conquistou nove medalhas olímpicas (das quais, seis de ouro) e 16 em Campeonatos Mundiais (das quais, 11 de ouro).
“Nós atletas, sabemos que essas histórias que estão sendo contadas são verdade, mas temos muito medo de dizer publicamente: se tivermos filhos, corremos o risco de os nossos patrocinadores nos cortarem (dinheiro) durante a nossa gravidez e depois”, afirmou a atleta.
A reclamação de Allyson não é isolada. As corredoras Alysia Montaño e Kara Goucher, já haviam criticado a Nike depois de terem tido um corte nos valores dos seus contratos.
No episódio que envolve Allyson, o contrato com a fornecedora terminou em 2017. Na renovação, a marca propôs pagar 30% do que lhe pagava antes.
“É um exemplo de uma indústria desportiva onde as regras são feitas na grande maioria por homens”, comentou.
A Nike respondeu aos argumentos de Allyson dizendo que vai rever a sua política de tratamento a atletas grávidas ou que deram à luz recentemente.