Em jeito de rescaldo, apreciaremos, de forma resumida, a atuação de cada uma das oito equipas masculinas e oito femininas que no fim-de-semana disputaram em Braga o Nacional da I Divisão.
MASCULINOS:
1° BENFICA (100 p.): Mais que a larga vantagem de 12 pontos sobre o Sporting, fruto do “zero” de Edi Maia na vara, o triunfo do Benfica excedeu as expetativas pela larga superioridade (9-4) nos confrontos diretos. E os dois despiques mais cerrados deram-se nos 800 e 1500 metros, com triunfos «leoninos». O Benfica ficou a quatro pontos da pontuação máxima, algo que, desde 2010 (quando o campeonato passou a ser disputado por oito equipas), apenas foi superado em 2015, ano em que o Benfica, face a um Sporting muito enfraquecido, ganhou todas as (então) 14 provas do programa. Foi o sétimo título do Benfica nos últimos oito anos.
2° SPORTING (88 p.): Esperava-se maior réplica ao Benfica, independentemente do problema-Edi Maia. Para além das esperadas (e folgadas) vitórias de Carlos Nascimento (60 m) e João Vieira (marcha), apenas o júnior Nuno Pereira (800 m) e Paulo Rosário (1500 m) cumpriram as expetativas, ganhando as suas provas.
3° J. VIDIGALENSE (66,5 p.): Regressou ao pódio (onde estivera cinco anos) após um quarto e dois quintos lugares entre 2016 e 2018, deixando o SC Braga a folgados 10 pontos, embora nos despiques diretos entre ambas as equipas, tenha havido equilíbrio: sete vitórias leirienses, cinco minhotas e uma igualdade na altura. Sem contar com Benfica e Sporting, a J. Vidigalense “venceu” sete das 13 provas (a altura “ex-aequo”) e só esteve mal no triplo (7°) e 800 m (6°). Duarte Eusébio foi 2° na vara e Milton Hassany (400 m), João Bernardo (3000)
4° SC BRAGA (56,5 p.): Depois de dois terceiros lugares em 2017 e 2018, baixou ao quarto lugar, em todo o caso a sua terceira melhor posição de sempre. Conseguiu cinco “vitórias” sem Benfica e Sporting (3° lugares), através de Edi Sousa (60 m), João Alves Lopes (1500 m), Carlos Gomes (altura), Rafael Vilas Boas (triplo) e Adriano Lopes (peso). Ao invés, a equipa foi última nos 400 m e nas barreiras.
5° CA SEIA (43 p.): Sem repetir os terceiro e quarto lugares de 2015 a 2017, melhorou o 7° de há um ano, embora ficando longe da primeira metade da classificação que, a nível individual, apenas conseguiu na marcha (3° Rui Coelho) e no peso (4° Vítor Rodrigues). Foi último nos 800 e 1500 m.
6° JARDIM DA SERRA (40,5 p.): Repetiu o sexto lugar do ano passado, aquém do quarto de 2016, o melhor de sempre. Conseguiu quartos lugares nos 800 m (Wilson Conniott), vara (Hélder Fernandes) e comprimento (Francisco Cordoeiro). Foi último no triplo.
7° GRECAS (37,5 p.): Regressou à I Divisao (onde fora 5° entre 2002 e 2004) melhorando o 8° lugar das anteriores presenças, em 2013 e 2014. Conseguiu um 3° lugar nos 800 m (Tomás Silva) e quartos nos 400 m (Pedro Mirassol) e 4×400 m. Mas foi última equipa em cinco provas.
8° MAIA AC (35 p.): Repetiu o 8° lugar de 2018, ano que marcou o regresso à I Divisão, de onde estava arredado desde 2004. A melhor classificação da equipa foi o 4° lugar de João Duarte no triplo. Só uma vez foi última (nos 4×400 m) mas foi penúltima em nada menos de seis.
FEMININOS:
1° SPORTING (99 p.): Nono tÍtulo consecutivo e o 24° nos Últimos 25 anos (!), com a superioridade habitual: 9 vitÓrias individuais em 13 provas, apenas falhando os 3000 m (3° lugar) e ainda peso e, de forma inesperada, 800 m e altura (2° lugares).
2° BENFICA (85 p.): Desde 2011, foi seis vezes segundo (3° em 2015 e apenas 4° há um ano), ultrapassando as expetativas em termos pontuais este ano, mesmo sem Marta Pen. Vitórias nos 3000 m (Dulce Félix) e peso (Eliana Bandeira) e seis segundos lugares. Pior classificação (5° lugar) nos 60 m por lesão de Delphine Nkansa.
3° J. VIDIGALENSE (66 p.): Sem repetir o 2° lugar de 2018, subiu pelo sétimo ano consecutivo ao pódio, com dois pontos de vantagem sobre o SC Braga, com quem perdeu nos despiques diretos (7-6) mas falhando apenas numa prova (ultimo lugar na altura). Carla Mendes ganhou os 800 m e Joana Carlos (60 m) e Kristina Saltanovic (marcha) foram segundas.
4° SC BRAGA (64 p.): igualou o 4° lugar de 2018, a melhor classificação de sempre em pista coberta. Conseguiu, através da júnior Mariana Machado, segundos lugares nos 1500 e 3000 m, além de terceiros nos 60 m (Jéssica Matos), vara (Pauline Dondasse), comprimento (Shaina Mags) e peso (Elsa Cruz). Ponto fraco: último lugar nos 800 m.
5° JARDIM DA SERRA (45 p.): Depois do 4° lugar de 2016, foi 7° e agora repetiu o 6° posto da época passada. Melhores classificações: quartos lugares nos 800 m (Joana Soares), 3000 m (Filomena Costa), altura (Catarina Queirós) e vara (Joana Pinto). Piores classificações (7° lugares) nos 60 m e 4×400 m… não considerando a desclassificação, por falsa partida, nas barreiras.
6° GA FATIMA (42 p.): 8° em 2017 e campeão da II Divisão em 2018, obteve agora a melhor classificação de sempre. E conseguiu uma (inesperada) vitoria individual através de Ana Oliveira, na altura. Foi ainda 3° no triplo (igualmente por Ana Oliveira) e 4° nos 60 m (Adriana Alves) e triplo (Venessa Rocha). Ao invés, a equipa foi última em três provas e penúltima em quatro…
7° GRECAS (39 p.): Em 2017 foi 4°, descendo para 7° em 2018, classificação que repetiu este ano. Ficou na primeira metade em apenas duas provas (4° lugar) – 400 m (Vera Lima) e marcha (Nadia Cancela). Ao invés, foi último no comprimento e triplo.
8° ADRE PALHAÇA (27 p.): Terceira presença na I Divisão (2012, 2016 e 2019), terceiro oitavo lugar. Melhor classificação: 4° lugar nas barreiras, através de Bruna Varela. Mas em 10 das 13 provas foi última (5) ou penúltima (5).