Já sem Luís Miguel Borges (8.38,40 em 2017, apenas duas provas em 2018 e opção por outras distâncias em 2019), André Pereira dominou por completo, conseguindo as quatro melhores marcas do ano e seis das sete melhores até 8.55, deixando o segundo a quase 15 segundos. O que não é bom sintoma numa especialidade que continua a ter rankings (médias dos 10 e 20 melhores: 8.58,30 e 9.09,08) aquém dos anos 80 do século passado. Embora (nota positiva), haja vários jovens a rondar os 9 minutos…
PÓDIO:
1º ANDRÉ PEREIRA (BENFICA)
A sua melhor marca da época (8.39,25 em Huelva) ficou a seis centésimos do recorde pessoal de 2018. As restantes ficaram um pouco aquém, mas valeram essencialmente pelas boas classificações conseguidas: 12º (8.47,08) nas Universíadas; 2º (8.49,67) na Taça dos Campeões Europeus; campeão de Portugal (8.52,78); e 2º (8.53,60) no Europeu de Seleções.
2º RICARDO FERREIRA (AD NOVAS LUZES)
Uma surpresa bem agradável no ano de estreia na especialidade, chegando a 8.53,58 no Campeonato de Portugal, a escassos 80 centésimos do vencedor André Pereira. E antes fora 13º nas Universíadas.
3º FERNANDO SERRÃO (SPORTING)
Não atingiu o nível do ano anterior (8.47,12 como melhor), ao ser 3º no Campeonato de Portugal com 8.55,88, a sua melhor marca da época. O seu ponto alto foi o triunfo (sobre André Pereira) no Nacional da I Divisão, após cerrado despique (9.03,25-9.03,30).
E AINDA…
Mais do que revelação, Etson Barros foi confirmação. Recordista nacional juvenil de 2000 m obstáculos em 2018, estreou-se nos 3000 m com bem prometedores 8.59,12, sendo depois medalha de bronze no Europeu de Juniores, escalão no qual continuará em 2020. João Bernardo, que em 2018 progredira de 9.09,68 em 2017 para 8.55,36, ficou-se agora nos 8.59,47, sendo 4º no Campeonato de Portugal. Já acima dos nove minutos, referência para os progressos dos sub’23 Tomás Silva (ano de estreia com 9.02,77) e título nacional sub’23; Simão Bastos (9.20,79-9.03,10); Jorge Moreira (9.05,17-9.03,24); e Miguel Mascarenhas (9.14,34-9.04,50); e do júnior Diogo Rosário (9.19,99-9.08,16).
A REVELAÇÃO: RICARDO FERREIRA (AD NOVAS LUZES)
Conseguir no ano de estreia na especialidade 8.53,58 é um excelente cartão de visita para quem ainda tinha apenas 20 anos.
Ranking da época em http://atletismo-estatistica.pt/