Revelação em 2017 (7,67) e com grandes progressos em 2018 (7,89), Ivo Tavares tornou-se este ano o sexto português acima dos oito metros (8,05), embora haja que considerar a ajuda da altitude da Serra Nevada (mais de 2300 m). Mas ele foi o dominador da época nacional., face a um Marcos Chuva que chegou a 7,86 em pista coberta (derrotando Ivo no Campeonato de Portugal, com a mesma marca) mas só competiu até meados de junho. Foram as marcas líderes de um ranking muito positivo: a média dos 10 melhores (7,57 – seria 7,55 sem o melhor salto de Ivo Tavares) foi a segunda de sempre, a seguir ao recorde (7,64) de 2002; a dos 20 melhores (7,38) foi a melhor, superando os 7,33 de 2002.
PÓDIO:
1º IVO TAVARES (BENFICA)
Para além dos 8,05, tem nada menos de oito marcas entre 7,86 e 7,70. Sagrou-se campeão de Portugal (7,58) e foi quarto no Europeu de Seleções (7,70).
2º MARCOS CHUVA (BENFICA)
Enquanto esteve em competição, levava vantagem sobre Ivo Tavares nos despiques diretos (3-2, incluindo o título nacional de pista coberta, ganho pelo segundo melhor salto…). Chegou a 7,86 nesse dia e ainda a 7,84 a abrir a época de ar livre e 7,75 na Taça dos Campeões Europeus, onde registou uma vitória.
3º NELSON ÉVORA (SPORTING)
Fez uma única prova, para dar o máximo de pontos ao Sporting na I Divisão (7,58 contra 7,57 de Ivo Tavares, ambos contra o vento).
E AINDA…
Miguel Marques (7,73 e 7,75 nas últimas épocas) competiu igualmente pouco e ficou-se pelos 7,56 em pista coberta e 7,48 ao ar livre. Carlos Veiga também esteve melhor em pista coberta (7,52), a três centímetros do seu recorde pessoal. E o decatlonista ex-cubano Abdel Larrinaga melhorou de 7,28 em 2013 para 7,50, fechando depois o pódio do Campeonato de Portugal (7,43). André Silva foi inesperado vice-campeão de Portugal, melhorando nesse dia de 7,43 para 7,50, e Danilo Almeida progrediu de 7,24 para 7,38 e depois 7,47. A salientar, depois, a progressão de vários juniores acima de 7,20: André Pimenta, de 6,95 para 7,33 (campeão nacional sub’23 de pista coberta e de juniores de ar livre); André Rangel, de 7,08 para 7,28 (campeão nacional júnior de pista coberta); Mamadú Jaló, de 6,92 para 7,25 (campeão nacional sub’23); e Edgar Campré, de 7,00 para 7,23
A REVELAÇÃO: ANDRÉ PIMENTA (J. VIDIGALENSE)
De entre os jovens que melhoraram, destaque para André Pimenta, que não só progrediu 38 cm até 7,33 (com 7,28 como segunda marca) como juntou dois títulos nacionais.
Ranking da época em http://atletismo-estatistica.pt/