Face aos protestos que se observam um pouco por todo o lado contra o racismo, o Comité Olímpico Internacional informou ontem que vai abrir uma série de conversações que poderão permitir que os desportistas se manifestem sobre certos temas nos Jogos Olímpicos.
Há apenas cinco meses, o COI tinha endurecido a proibição contra as manifestações de posturas políticas nos Jogos Olímpicos, ao especificar que estavam proibidos gestos como ajoelhar-se ou levantar um punho no pódio dos medalhados.
Mas a posição do organismo relaxou-se ligeiramente esta quarta-feira, quando o seu presidente Thomas Bach comentou que o Comité Interno de Desportistas “explorará diferentes formas em que possam expressar-se opiniões durante os Jogos sem deixar de respeitar o espírito olímpico”.
Bach afirmou numa conferência de imprensa após uma reunião da Comissão Executiva que “os Jogos Olímpicos são uma manifestação global muito poderosa contra o racismo e pela inclusão”.
No entanto, o dirigente procurou separar “o apoio aos princípios consagrados na Carta Olímpica e as manifestações potencialmente divisórias”.
A regra 50 da Carta trata de preservar a neutralidade política nas competições olímpicas mas permite que os desportistas expressem opiniões depois dos seus eventos.