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Início Destaque

Como jornalista alemão descobriu doping russo organizado

Manuel Sequeira por Manuel Sequeira
2017-02-21
em Destaque, Internacional
0
Como jornalista alemão descobriu doping russo organizado
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“Decidi fingir ser um treinador da Alemanha que queria contatar um médico russo, procurando uma substância indetetável. Viajei para Moscovo usando uma barba postiça, encontrei-me com ele e gravei a conversa com uma câmara escondida. Depois, ele deu-me uma amostra e disse: são 100 mil dólares”.

O jornalista alemão Hajo Seppelt explicou recentemente em Madrid, como começou a investigar o esquema estatal de doping na Rússia. As informações reunidas por ele, serviram como base do relatório McLaren sobre as práticas ilícitas dos russos.

Seppelt destacou que aquela viagem à Rússia, dois meses antes da abertura dos Jogos de Inverno de Sochi 2014, foi “como estar num filme de espião”. “O médico era uma pessoa muito aberta. Disse-me que era uma substância fantástica, totalmente indetectável”.

“Ele encontrou-me numa estação e estava com um típico gorro russo, num carro enorme, e depois deu-me uma amostra. Disse-lhe que a testaria para ver se funcionava e fiz algumas perguntas para ter mais tempo de gravação”, explicou o jornalista.

No regresso à Alemanha, comprovou-se no laboratório que a substância não poderia ser realmente detectada. “Com isso, eu poderia ter dopado toda a equipa alemã. Publiquei a notícia na televisão alemã antes mesmo de Sochi”, explicou.

O início da história foi um e-mail que Seppelt recebeu em 2010 de um cientista austríaco que participava num congresso em Viena. Ele informou-o sobre a participação de um cientista de Moscovo, que falaria sobre o hormónio de crescimento (GH) para uso médico, de eficácia incrível e impossível de ser detectado.

“Investigámos esse homem e isso levou-nos à Rússia anos mais tarde e foi fundamental para conhecer os Stepanov. Uma pessoa importante de uma importante organização desportiva, perguntou-me se eu estava interessado em mais informações sobre o país. Ele disse-me que havia duas pessoas que viviam em Moscovo e que queriam falar comigo, mas que eles entrariam em contato”, disse.

O primeiro e-mail de Vitaly Stepanov foi enviado em Março de 2014, e Seppelt viajou de novo para Moscovo.

“Nos reunimos num bar e ele contou-me tudo. Foi surpreendente ouvir um ex-funcionário da agência antidoping russa dizer-me que ela era uma agência pró-doping. Ele disse-me que eles faziam o contrário do que deveriam. Eu tinha feito gravações ocultas e ele nunca me pediu dinheiro”, disse o jornalista alemão.

Para Seppelt, Vitaly Stepanov e a sua esposa, Yuliya, meio-fundista da equipa russa de atletismo, foram os “informadores mais importantes da história do desporto” porque contribuíram para torná-lo limpo. “Eles foram muito valentes”, elogiou.

Durante as reuniões que teve com os informadores em 2014, o jornalista relatou que os russos citaram o quão arriscado poderia ser para eles denunciar coisas erradas no país. Por isso, Seppelt convidou-os para irem à Alemanha para que alguém pudesse ajudá-los.

“Os dois pediram-me para que eu só exibisse a entrevista quando eles tivessem saído da Rússia. Eles deixaram o país no fim de Novembro, mas não foram diretamente para a Alemanha. O programa, de 60 minutos, foi para o ar em 3 de Dezembro, em horário nobre. Ninguém achava que poderíamos fazer isso”, relatou o jornalista.

Seppelt revelou ter recebido ameaças, assim como o casal Stepanov. Ele só deu sequência à matéria pelo desejo de que o jornalismo desportivo não se limitasse aos resultados dos jogos.

Para concluir o material que revelou o escândalo russo, o jornalista ficou seis meses longe do posto de comentarista da “ARD”. Mas mereceu a pena. Seppelt foi convidado a fazer parte do departamento de investigação da emissora, que tinha sido criado em 2007 após o “caso Ullrich” (ciclista alemão).

“Trabalhamos com liberdade, confiança e sem pressão para produzir a curto prazo. Publicamos informações sobre China, Coreia do Norte e Quénia. Nem todas as nossas notícias chegam a ser muito grandes porque o sistema antidoping é muito complicado. Mas as pessoas deram-se conta de que somos diferentes. Não melhores, só críticos”, concluiu o jornalista alemão. EFE

 

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