Criada no Japão na década de 70 e usada nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, promove estímulos mecânicos e sensoriais constantes na pele.
Os atletas procuram sempre inovações para melhorar o desempenho, a saúde e o bem-estar
durante os treinos e provas. Um exemplo disso é o sucesso da banda tera – pêutica adesiva que auxilia a reabilitação física, agindo nas áreas neurológica, ortopédica e muscular dos praticantes de várias modalidades.
Desenvolvido na década de 70, no Japão, pelo médico quiropata Kenzo Kase, o método visa aliviar a dor, reduzir edemas, pelo facto de melhorar a circulação linfática, gerar maior estabilidade articular e melhorar a contração muscular. O adesivo terapêutico tem 130 a 140% de elasticidade, tecido feito com 100% de algodão, é ativado pelo calor e à prova de água, não contém látex, permite que a pele respire sem obstrução, possibilita o movimento do corpo normalmente e dura entre três a cinco dias na pele, após aplicado.
O que é?
Trata-se de uma banda terapêutica que promove estímulos sensoriais e mecânicos duradouros e constantes na pele. Esta banda mantém a comunicação com os tecidos mais profundos, através de diversos receptores encontrados na epiderme, derme e outros tecidos sensoriais como o próprio músculo. Pode ser utilizada tanto na prevenção, como no tratamento e na reabilitação das lesões. É um recurso terapêutico muito utilizado nas
áreas desportiva, musculoesquelética, neurológica, pediátrica, geriátrica, reumatológica,
entre outras.
Como usar?
As indicações terapêuticas para a banda funcional passam por lombalgias, torcicolos,
tendinites, entorses, contratura muscular, paralisia facial, artrose, artrite, fascite plantar, hérnia de disco, linfedemas e estiramentos.
Não há nenhuma restrição quanto ao uso dela, nem de sexo ou idade. O único conselho é que ela seja aplicada por um profissional habilitado. Se mal colocado por pessoas não habilitadas pode acarretar alterações de postura, lesões na pele e alergias.
Em caso de lesões, as técnicas fisioterapêuticas profissionais não podem ser descartadas.
A fita bizarra é conhecida como “fita de cinesiologia” ou “fita Kinesio”. Supostamente, colar tal fita no corpo alivia o desconforto nos músculos e ossos, ao levantar a pele. Também existem outras alegações associadas ao produto, como a correção da função muscular e a melhoria da circulação.
Existem muitas marcas que vendem a tal fita no mercado, mas quem a inventou foi o japonês Kenzo Kaze, há 30 anos.
Efeito psicológico
O termo “supostamente” não é usado à toa. De acordo com a ciência, não há praticamente nenhuma evidência de que qualquer uma das alegações dessa fita seja realmente verdade.
Por isso, alguns psicólogos afirmam que ela age apenas como um placebo. O que faz sentido: se for um atleta profissional e estiver um pouco ansioso em relação à competição, aplicar uma fita no corpo que parece ser um impulso a mais pode fazer com que se sinta muito melhor psicologicamente.
“O facto de que os atletas pensarem que a fita vai trazer-lhes algum benefício pode ajudar de uma forma psicológica”, disse o professor de fisiologia Steve Harridge ao portal britânico Unilad.
Em particular
O vídeo, publicado no YouTube “Corrida no Ar”, apresenta uma entrevista feita ao Dr. Leonardo da Costa, cientista brasileiro doutorado em fisioterapia que fez um estudo sobre a fita Kinesio e, como tantos outros, descobriu de que ela é ineficiente.
Na entrevista, explica as comparações que fez entre fita Kinesio e placebo, entre fita Kinesio e outros tratamentos, e entre uma combinação de tratamentos com ou sem o uso da fita Kinesio. A conclusão é sempre a mesma: a fita não funciona. Em mais de 60 simulações de 12 estudos, a fita Kinesio não se provou eficiente nem 5% delas, o que estaticamente é insignificante.
Assista ao video completo do Dr. Leonardo da Costa