A maratonista Clémence Calvin e o seu marido Samir Dahmani foram suspensos por quatro anos pela Comissão de Sanções da Associação Francesa de Luta Contra o Doping (AFLD) por ter falhado um controlo surpresa em Marraquexe, em 27 de Março último.
“Eu apelo ao Conselho de Estado, tenho confiança numa verdadeira justiça independente”, declarou ela considerando que a Comissão de Sanções “não era nem objetiva nem independente”, qualificando ainda a audiência de 20 de Novembro onde ela compareceu como uma “farsa”.
O seu marido apanhou também quatro anos de suspensão por ter feito obstrução e interposto entre a atleta e os controladores, acusação que ele refuta.
Segundo a Agência Antidoping, Clémence foi notificada na rua pelos controladores. Ela terá então pedido a eles que a acompanhassem até a uma sala de desporto onde se encontrava o seu marido para lhe entregar o filho. Mas uma vez lá, ela fugiu com o seu marido a interpor-se fisicamente para a ajudar a escapar.
A francesa refuta todas estas acusações. Ela assegurou que três pessoas a abordaram na rua, sem evocar um controlo antidoping e que um deles, que ela reconheceu como sendo o diretor dos controlos da AFLD, se apresentou como um polícia, exigindo que ela os conduzisse até ao seu marido. Ela denunciou o seu comportamento violento, assegurando que ele fez cair o seu filho de dois anos.