Segundo um estudo realizado na Universidade de Lausanne, um quinto dos atletas participantes nas provas de endurance (marcha e corrida a partir dos 800 metros) nos Mundiais de 2011 em Daegu e 2013 em Moscovo, recorreram ao doping sanguíneo.
Segundo os autores do estudo, os resultados deram uma estimação de uma prevalência global de doping sanguíneo numa média de 18%. Já a taxa de controlos positivos à urina e sangue nas análises de laboratórios acreditados pela Agência Mundial Antidoping (AMA) foi inferior a 2%.
Neste estudo, os autores tiveram acesso às análises sanguíneas dos 1.222 atletas participantes nas provas de endurance e compararam os resultados, utilizando sete parâmetros biológicos que podem variar com o doping, caso da EPO ou das transfusões sanguíneas.
De acordo com os resultados obtidos, as mulheres (22% em média) suplantaram os homens (15%) em Daegu. Mas em Moscovo, o resultado foi inverso, com 12% entre as mulheres e 17% entre os homens. Os resultados são detalhados para alguns países mas os seus nomes não foram nomeados.
Segundo os autores do estudo, os dados mostram que a introdução do passaporte biológico pela IAAF em 2011 não permitiu baixar significativamente a presença de doping sanguíneo em 2013.
O estudo foi financiado parcialmente pela AMA e pela IAAF.